Crime no Paraná: Suspeito diz que não sabia que Daniel seria morto, afirma advogado

Segundo Eduardo Henrique da Silva, Edison Brittes se descontrolou quando viu mensagens no celular de Daniel com fotos de Cristiana Brittes (Foto: © Reprodução / JN)

Por Pedro Brodbeck e Vanessa Rumor, G1 PR e RPC Curitiba

Eduardo Henrique da Silva, um dos seis suspeitos de participação na morte do jogador Daniel, afirmou em depoimento à Polícia Civil do Paraná nesta segunda-feira (12) que Edison Brittes saiu de casa na manhã do crime com o objetivo de castrar o atleta e abandoná-lo na rua, de acordo com o advogado de Eduardo, Edson Stadler.

Segundo o advogado, Eduardo Henrique da Silva, Edison Brittes e os outros dois suspeitos de participação no crime, Ygor King, de 19 anos, e David Willian da Silva, de 18 anos, agrediram o jogador quando ele ainda estava na casa e aceitaram voluntariamente participar da castração proposta por Edison Brittes quando saíram da casa da família.

“Houve um convite do [Edison] Brittes para que eles fossem juntos para segurar o Daniel para que o Edison fizesse a castração. Eles foram espontaneamente, voluntariamente”, disse o advogado Edson Stadler.

O corpo de Daniel Corrêia Freitas, de 24 anos, foi encontrado no dia 27 de outubro na região de Curitiba com sinais de tortura. Segundo a polícia, o crime aconteceu depois de uma festa em comemoração ao aniversário da filha de Edison Brittes, Allana Brittes.

Seis pessoas estão presas temporariamente suspeitas de envolvimento na morte de Daniel.

Depoimento

De acordo com Stadler, Eduardo disse em depoimento, no entanto, que no caminho Edison Brittes viu mensagens no celular de Daniel em que apareciam fotos de Cristiana Brittes, se alterou e decidiu matar o jogador, que estava no porta-malas do carro.

“[Edison Brittes] desceu do carro e já fez o golpe no pescoço [de Daniel]. Tirou o corpo do porta-malas e arrastou”, afirmou o advogado de Eduardo.

Segundo o advogado, Eduardo não teria aceitado participar das agressões se soubesse que Daniel seria morto.

No depoimento, Eduardo disse que estava dormindo e foi chamado por Cristiana quando a briga começou na casa da família Brittes.

“Ele ouviu o Edison falando que o Daniel tinha tentado estuprar [Cristiana], naquele momento, com uma cerca comoção, ele participou do espancamento”, afirmou o advogado.

*Esta matéria está em atualização.