A falta de estrutura dos abrigos de ônibus, para a proteção contra sol e chuva, é uma reclamação comum dos usuários de transporte coletivo de Natal. Ao todo, a capital possui 1.881 pontos de parada, mas apenas 646 contam com alguma cobertura física. Isso representa 34% do número total.
O fato é que “nem todos esses pontos possuem estrutura adequada para ter um abrigo”, explica o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), Clodoaldo Trindade. Dos 1.881 pontos totais em Natal, 1.235 não se enquadram nos padrões determinados de 1,20m para as calçadas, de acordo com as normas de acessibilidade.
“O próprio Ministério Público proíbe que em alguns lugares existam abrigos para ônibus. Se não houver espaço para o pedestre, o cadeirante passar, por exemplo, a recomendação é retirar esse abrigo”, esclarece. Porém, dos 646 abrigos disponíveis, todos serão reformados, de acordo com o Clodoaldo, pelo menos 90% já foram recuperados. A previsão é sejam todos entregues até o final de setembro.
Para atender à demanda de pontos na Capital, é necessário, no entanto, que existam lugares em que não há condições de receber estrutura de proteção adequadas. “Colocamos as placas verticais a pedido da própria população”, comenta.
Na Avenida Pompeia, na Zona Norte, as calçadas não possuem estrutura para possuírem abrigos, a cobertura de um abrigo ali, por exemplo, passaria do limite adequado, uma vez que o passeio público não tem espessura adequada. “Não adiantaria também fazer uma relocação, já que a via possui a mesma dimensão em toda sua extensão”, detalha.
As antigas estações de transferência também estão passando por readequação. Das sete estações, as dos bairros do Alecrim e de Potilândia (sentido bairro/centro) estão prontas. Já a outra estação em Potilândia (sentido centro/bairro) falta apenas concluir a parte elétrica. As estações do bairro de Panatis, na zona Norte, e as duas na Avenida Rio Branco, em Cidade Alta, também receberão melhorias.
