Protesto contra ação do MPT que envolve Guararapes e Pró-Sertão reúne multidão

Empregados se aglomeram em frente à sede da Procuradoria Regional do Trabalho – Foto: Divulgação
Funcionários da empresa Guararapes Confecções participaram na tarde desta quinta-feira, 21, de um protesto contra a atuação do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte (MPT/RN). Os empregados estavam em um comboio formado por cerca de 100 ônibus, que deixaram a empresa em direção à sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 21ª Região, em Lagoa Nova em Natal.
No caminho, outro grupo de manifestantes, formado por representantes de sindicatos, tentou obstruir a passagem dos ônibus, próximo à Ponte de Igapó, mas não conseguiram bloquear totalmente a via. Os funcionários da empresa seguravam cartazes e faixas com os dizeres: “Mexeu com a Guararapes, mexeu comigo”.
O protesto desta quinta, convocado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e que contou com a participação de funcionários da gigante têxtil, teve o objetivo de repudiar uma ação civil pública que procuradores do MPT ingressaram na Justiça contra a Guararapes.
No processo, o Ministério Público do Trabalho pede uma indenização de R$ 37,7 milhões à Guararapes, como forma de compensação por direitos trabalhistas que teriam sido preteridos a funcionários de facções têxteis do interior do Estado que prestam serviços terceirizados à empresa. As pequenas oficinas de costura são integrantes do Pró-Sertão, programa criado em 2013 que tem como objetivo interiorizar a indústria de confecções.
A ação gerou revolta no meio empresarial. O próprio vice-presidente do grupo, Flávio Rocha, usou as redes sociais para protestar contra a ação – que, segundo ele, representará a perda de milhares de emprego no Rio Grande do Norte.
A assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho informou à imprensa que o órgão não vai se manifestar sobre o protesto.
Protesto aconteceu em frente à sede da Procuradoria Regional do Trabalho – Divulgação