Perito da defesa de Temer diz que áudios são “imprestáveis”

Ricardo Molina acredita que o material deve ser descartado pela Justiça. Perito apontou diversas falhas nos áudios - Divulgação

O perito contratado pela defesa de Michel Temer, Ricardo Molina, classificou os áudios usados na denúncia contra o presidente como “imprestáveis”. Nesta segunda-feira (22/5), durante entrevista coletiva em Brasília, Molina disse que “certamente” o material será “descartado” pela Justiça.

O especialista confirmou que qualquer leigo seria capaz de identificar os pontos que desqualificam os áudios. “Inteiramente contaminado por inúmeras descontinuidades, mascaramentos por ruídos, longos trechos ininteligíveis, ou de inteligibilidade duvidosa, e várias outras incertezas”.

“Eu vejo uma gravação tão contaminada que eu não posso levá-la a sério. A Procuradoria-Geral da República é ingênua e incompetente”, atacou Molina, que criticou os peritos da PGR.

Para o perito, “não poderia ser considerado como uma prova material válida”. Molina ainda aproveitou para alfinetar Joesley Batista, dizendo que o gravador usado é “vagabundo” e completou dizendo que o empresário poderia ter comprado um melhor.

Ricardo Molina fez uma comparação da gravação com o consumidor quando vai comprar carne: “Se a carne está com um pedaço podre, a pessoa deve jogar tudo fora, ou só um pedaço?”, provocou ele, confiante de que os diálogos apresentados não convencerão o Superior Tribunal Federal (STF) da culpa do presidente diante da acusações de Joesley Batista.