Do G1 – Uma maratona de mais de onze dias, sem parar nem um minuto, é necessária para ver os mais de mil arquivos de vídeos com os depoimentos dos delatores da Odebrecht. O Supremo Tribunal Federal (STF) liberou os vídeos com as delações dos executivos na quarta-feira (12) após o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizar a Procuradoria Geral da República a investigar 98 pessoas, sendo 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados federais.
Os mais de mil arquivos já estão publicados no G1, com um tempo somado de 271 horas, 14 minutos e 59 segundos – ou seja, mais de 11 dias e 7 horas. VEJA AS ÍNTEGRAS AQUI. Cerca de dez vídeos chegaram com problemas na reprodução, como falhas de áudio e de sincronia, e já foi solicitado ao STF para que sejam enviados os arquivos corretos.
A liberação da chamada “lista do Fachin” fez com que triplicasse o número de investigações na corte suprema do país, passando de 37 para 113. Foram 77 executivos delatores, que geraram 76 pedidos de inquérito.
A maratona está em curso. Com um conteúdo tão longo, os vídeos já deram base para diversas revelações sobre a relação da empreiteira com os políticos – e certamente ainda vão gerar mais notícias nos próximos dias. Alguns depoimentos já ficaram marcados por frases fortes sobre as propinas da empresas a políticos de vários partidos.
Entre as delações, revelou-se, por exemplo:
> O chefe do departamento de propina da Odebrecht entregou tabela com propinas que somam R$ 10,6 bilhões entre 2006 e 2014.
> Outra tabela entregue por um dos delatores lista R$ 246 milhões a 179 políticos entre 2008 e 2014.
> Marcelo Odebrecht relatou repasse de R$ 24 milhões a 4 partidos da chapa Dilma-Temer.
> O grupo empresarial citou inúmeras obras em que foi favorecida na licitação.
> A Odebrecht também pagou para aprovar leis em que seria beneficiada.
> Metade dos estádios da Copa tem suspeitas de irregularidades.
> Emílio Odebrecht disse não ter “dúvida” que Lula atuou para BNDES financiar porto em Cuba.