Presidente do Senado é suspeito de receber R$ 2 milhões da construtora Odebrecht

Eunício Oliveira (PMDB-CE) (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O Presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) está entre os investigados em inquérito autorizado pelo ministro Luiz Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal a pedido do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

De acordo com o documento, o senador é suspeito de ter recebido R$ 2 milhões de propina da construtora Odebrecht para facilitar a aprovação de medidas provisórias favoráveis aos interesses da companhia e posterior conversão em leis. No sistema da Odebrecht, Eunício de Oliveira possuía o apelido “índio”.

Além de Eunício Oliveira, o inquérito afirma que a Odebrecht pagou outros R$ 5 milhões em propina a outros parlamentares.

O pedido da PGR teve como base as delações de Emílio Odebrecht (um dos donos do grupo), Marcelo Odebrecht (ex-presidente da companhia) e dos ex-executivos Cláudio Melo Filho, Carlos José Fadigas de Souza, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar e José de Carvalho Filho.

Procurado, o Presidente do Senado, Eunício Oliveira afirmou que “o Estado Democrático de Direito prevê, no curso dos inquéritos, o amplo direito de defesa. Vamos exercê-lo. A verdade prevalecerá. A Justiça brasileira tem maturidade e firmeza para apurar e distinguir a verdade das mentiras e das versões alternativas.”

Lista de Fachin
A Procuradoria Geral da República fez o pedido com base nas delações dos ex-executivos da Odebrecht. Fachin autorizou inquéritos para investigar 9 ministros, 29 senadores, 42 deputados e 3 governadores, segundo o jornal “O Estado de S. Paulo”.