Juíza suspende ordem de Trump de restringir imigrantes e refugiados nos EUA

Manifestantes no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York (Foto: STEPHANIE KEITH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

A juíza federal Ann Donnelly aceitou um pedido da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, da sigla em inglês) na noite deste sábado (28) para conceder estadia de emergência e suspender as deportações de refugiados e imigrantes de sete países barrados nos aeroportos dos Estados Unidos após o veto do presidente Donald Trump. As informações são da CNN e do ‘Washington Post’.

Segundo a decisão da juíza, o governo não pode retirar do país os refugiados que já tiveram seu pedido aprovado pelo Serviço de Imigração do país e estejam com os vistos regulares para permanecem e chegar aos EUA.

A restrição imposta por Trump, com validade de 90 dias, atinge pessoas que tenham nascido no Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, a Líbia e Somália. Além disso, o plano suspende o programa norte-americano de refugiados por 120 dias. Em retaliação, o Irã anunciou neste sábado que vai aplicar a reciprocidade e proibirá a entrada de americanos durante esse período.

De acordo com o jornal “The New York Times”, já neste sábado, foram barrados um cientista iraniano que iria a um laboratório de Boston, um iraquiano que trabalha como intérprete há uma década e uma família de refugiados que iria recomeçar a vida em Ohio, entre inúmeros outros casos.

O decreto firmado por Trump não bloquearia de forma imediata a entrada de refugiados, mas estabelece barreiras para a concessão de vistos, de acordo com a France Presse. No ano fiscal de 2016 (1º de outubro de 2015 a 30 de setembro de 2016), os Estados Unidos admitiram em seu território 84.994 refugiados, de diversas nacionalidades, incluindo 10 mil sírios. A intenção do novo governo é reduzir drasticamente este número, o que no caso dos sírios pode chegar a 50%.