Sindicato do Crime do RN ameaça retaliação ao PCC fora de presídios

Corpos foram ensacolados e levados ontem ao frigorífico para passarem por necrópsia no ITEP - Divulgação / PM-RN

Após o princípio de tumulto realizado na Cadeia Pública de Natal, conhecida também como Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato, ter sido controlado por policiais e agentes penitenciários, os presos da unidade, membros do Sindicato do Crime do RN, ameaçaram cumprir retaliação ao Primeiro Comando da Capital (PCC) fora das unidades prisionais.

A informação foi publicada no jornal O Estado de S. Paulo na manhã desta segunda-feira (16). Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (SEJUC), os detentos tentaram derrubar uma das paredes do presídio, porém, a intervenção de policiais evitou o andamento da ação. Uma tentativa de invasão a uma ala da Cadeia Pública onde ficam presos ameaçados de morte também foi abortada.

No último sábado (14), presos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, a maior do Rio Grande do Norte, se rebelaram durante 14 horas numa ação que resultou em 26 mortes, segundo os números divulgados pelo Governo do Estado. A rebelião, que foi iniciada às 16h30 do sábado, só foi controlada às 6h30 do domingo (15). As vítimas foram assassinadas através de decapitações e carbonizações.

Histórico

O Sindicato do Crime do RN é uma facção maior que o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Rio Grande do Norte e nasceu em 2015 como uma reação à presença paulista, registrada pelas autoridades desde 2010, de acordo com informações do juiz de Execuções Penais Henrique Baltazar.