Por Agência Brasil — O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, denunciou neste sábado (26) que todos os médicos do Hospital Kamal Adwan, no norte do território, foram detidos pelas forças de segurança israelenses.
Segundo fontes médicas palestinas, a operação bloqueou o norte de Gaza e causou a morte de mais de 400 pessoas nas últimas duas semanas.
Em comunicado publicado pelo meio de comunicação Filastin, próximo do movimento islâmico, o Ministério da Saúde de Gaza pediu uma intervenção internacional urgente.
Além disso, advertiu que 600 pessoas, a maioria doentes, permanecem no interior do hospital à mercê do avanço israelense e denunciou que pelo menos duas crianças morreram na ala de cuidados intensivos depois de um bombardeio israelense ter atingido um gerador.
O ministério anunciou ainda que pelo menos 42.924 pessoas morreram na Faixa de Gaza após a ofensiva militar lançada por Israel.
A ofensiva israelense representou resposta aos atentados terroristas perpetrados pelo Hamas em 7 de outubro, que causaram cerca de 1.200 mortos e o rapto de cerca de 250 pessoas.
O novo total divulgado pelo Ministério da Saúde já inclui os 77 mortos nas últimas 48 horas em consequência das ações militares de Israel.
Além disso, o número de feridos chegou a 100.833, com mais 289 pessoas desde quinta-feira (24), embora as autoridades suspeitem que o número de vítimas seja maior porque pode haver pessoas sob os escombros ou em áreas inacessíveis.
Além da frente de Gaza, há mais de 600 mortos na Cisjordânia e outros no Líbano, onde as forças israelenses intensificaram os ataques nas últimas semanas com bombardeios quase constantes, incluindo a capital Beirute. O governo libanês estima que cerca de 2.500 pessoas tenham sido mortas.
*É proibida a reprodução deste conteúdo.