Por g1 RN — O Rio Grande do Norte vacinou apenas 40% do público-alvo contra a poliomielite, até a quinta-feira (24). São previstas a vacinação de 167 mil crianças, até o momento foram aplicadas 67.576 mil doses.
A poliomielite, conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral que pode causar sequelas neurológicas e musculares. Com a vacinação, no Brasil, os casos da doença foram erradicados há mais de 30 anos.
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Porém, há quem viva com as sequelas da doença até hoje. Esse é o caso da dona de casa, Marise Soares, de 68 anos. Ela contraiu a doença com apenas 1 ano de idade, em uma época onde a vacina não existia.
Dona Marise ficou com a perna direita comprometida devido a doença, o que a faz andar com dificuldade. Ela conta que os pais tentaram tratamento em Recife, mas não tiveram resultado positivo. Hoje, faz questão que todos de sua família se vacinem.
“Todos os meus filhos e netos se vacinaram. E sempre digo as amigas quando nasce um bebê para vacinara contra a paralisia infantil. Eu dou esse recado porque eu sei o que eu passei, tem que vacinar”, reforçou.
As autoridades de saúde alertam que a imunização precisa continuar para evitar novos surtos da doença. Em Natal, o Rotary Club tem buscado reforçar essa vacinação através de uma campanha.
“O intuito da campanha é dar visibilidade as ações e ajudar na vacina contra a paralisia infantil”, explicou Érika Wanderley, presidente do Rotary Club Natal.
O público-alvo da vacina são todas as crianças menores de cinco anos de idade. A partir de 4 de novembro, o esquema vacinal da doença será exclusivo com vacina inativada poliomielite (VIP). Com a mudança, será necessária apenas uma dose de reforço.