Queiroga pede cassação do registro de candidatura de Cícero por abuso de poder político e econômico

Cícero Lucena (Progressistas) e Marcelo Queiroga (PL). — Foto: Arte/g1
Cícero Lucena (Progressistas) e Marcelo Queiroga (PL). — Foto: Arte/g1

Por g1 PB — Marcelo Queiroga (PL) entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) na 70ª Zona Eleitoral pedindo a cassação do registro de candidatura de Cícero Lucena (PP), candidato à reeleição de prefeito no 2º turno das Eleições 2024 de João Pessoa. O pedido alega abuso de poder econômico e político. A ação foi protocolada no dia 8 de outubro, mas o g1 teve acesso nesta quarta-feira (23).

A defesa de Cícero Lucena informou ao g1 que já manifestou defesa nos autos do processo.

De acordo com o documento, assinado pela defesa dos candidatos a prefeito e vice, Marcelo Queiroga e Sérgio Queiroz, houve abuso de poder “na cidade de João Pessoa, Paraíba, com a finalidade de cooptar eleitores de forma ilícita e violenta, além de impedir o acesso de correligionários de partidos/coligações nas áreas dominadas por estas facções, configurando condutas vedadas pela legislação eleitoral”.

Também estão inseridos na investigação o vice-prefeito de João Pessoa, Léo Bezerra (PSB), Lauremília Lucena, primeira-dama da capital, Pollyana Monteiro Dantas da Silva e Janine Lucena, filha de Cícero e ex-secretária executiva de Saúde do município.

O documento cita como referência a Operação Território Livre, que visa combater o crime de aliciamento violento de eleitores, e a Mandare, que apura relação entre grupo criminoso e órgãos públicos de João Pessoa, com a obtenção de vantagens, como cargos públicos, em órgãos como as secretarias municipais. Nessas ações da PF, foram indiciadas, entre outras pessoas, Lauremília Lucena, Janine Lucena e Pollyanna Monteiro.

Além da cassação, o processo pede a oitiva de Pollyana, Janine e Raíssa Lacerda (também alvo da Operação Território Livre), e a inelegibilidade de Cícero Lucena por 8 anos.