Campina Grande 160 anos: avenida Floriano Peixoto ajuda a contar a história da cidade

Avenida Floriano Peixoto, em Campina Grande — Foto: Reprodução/TV Paraíba
Avenida Floriano Peixoto, em Campina Grande — Foto: Reprodução/TV ParaíbaInauguração do obelisco Floriano Peixoto, em Campina Grande — Foto: Reprodução/TV Paraíba

Por g1 PBSe a história de Campina Grande fosse contada a partir de uma rua, dificilmente não seria a Avenida Floriano Peixoto. Hoje são oito quilômetros de extensão, vias largas que cruzam a cidade quase que de ponta a ponta. Aos 160 anos, comemorados nesta sexta-feira (11), Campina Grande viu seu desenvolvimento passar pela Floriano, como é conhecida.

A Avenida Floriano Peixoto tem cerca de oito quilômetros de extensão e corta Campina Grande. Ela surgiu nas proximidades da Catedral Diocesana Nossa Senhora da Conceição, no Centro da cidade, em meados de 1698.

As torres do que hoje é a Catedral de Nossa Senhora da Conceição são visíveis de vários pontos de Campina Grande. Naquele mesmo local, a primeira Igreja foi construída no alto do lugarejo, há mais de dois séculos e meio, em meados de 1769.

Não por acaso, os imóveis mais antigos da cidade que seguem preservados estão na Floriano Peixoto. É o caso do Museu Histórico de Campina Grande, que já foi Senado da Câmara, Museu do Telégrafo e Cadeia Municipal. O prédio foi construído mais de 200 anos atrás, entre 1812 e 1814.

Pouco a pouco, o lugarejo foi ganhando forma e se desenvolvendo como cidade, posto alcançado cinquenta anos depois. Conforme a cidade foi crescendo, a rua foi crescendo junto. Na década de 1940, a avenida ganhou o nome de Floriano Peixoto.

A Avenida Floriano Peixoto, então, seguiu até o ponto em que foi construído o Teatro Municipal Severino Cabral. Alguns anos depois, na década de 1980, ganhou a primeira expansão, seguindo pelo bairro do São José, Centenário… até o Dinamérica.

A força do comércio, que impulsionou a vila à cidade no passado, continua pulsando nos dias atuais. Na área central, surgiram novos espaços, como a Arca Titão e a Arca Catedral. São quase 30 anos dessas instalações.

Com o crescimento da Avenida, o comércio também foi se expandindo para além do centro da cidade, garantindo desenvolvimento econômico e novas possibilidades de empreendedorismo.

E é pensando nesse potencial de crescimento e descentralização que novos negócios vão surgindo. A empresária Lorraine Silvia Santos, por exemplo, escolheu instalar o comércio na Floriano Peixoto, mas em um centro comercial no bairro do Centenário.

A Floriano Peixoto respira história. Algo que chama a atenção de quem passa por aqui é que a Avenida é arborizada de ponta a ponta. O primeiro trabalho de arborização foi feito na década de 1950, pelo então prefeito de Campina Grande, Elpídio de Almeida. Algumas destas árvores estão aqui há aproximadamente 70 anos.

A vocação para crescer levou a Avenida Floriano Peixoto até a Alça Sudoeste, no Bairro do Serrotão. Essa nova expansão foi feita no inícios dos anos 2000. Hoje, conta com espaços importantes para Campina, como a Vila Sítio São João e o Hospital de Trauma.

Do outro lado, o crescimento da Avenida se deu, em maioria, por residências construídas. Por lá, ainda há espaço para expansão.