Quase 80% das crianças e adolescentes não completaram a vacinação contra a dengue na PB

Dengue  — Foto: Sesa-PR
Dengue — Foto: Sesa-PR

Por g1 PB — Quase 80% das crianças e adolescentes foco da vacinação contra a dengue não completaram o esquema vacinal na Paraíba, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com os números, das 82,8 mil doses recebidas pelos municípios paraibanos, apenas 41,2 mil primeiras doses foram aplicadas, e pouco mais de 9,4 mil pessoas retornaram para a segunda dose. Apenas de 23% do público-alvo completaram a vacinação contra a dengue com a segunda dose.

O ministério lembra que é importante lembrar que o esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa. Além disso, há a plataforma do ministério para o combate ao mosquito.

A vacinação é uma das inovações para enfrentar a dengue, que em 2024 aumentou em todo o mundo, sobretudo devido às mudanças climáticas.

Para ter proteção contra casos graves e hospitalizações por dengue, o público-alvo precisa tomar duas doses do imunizante incorporado de forma inédita no Sistema Único de Saúde (SUS).

O público, em 2024, é composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses.

Os critérios para a definição dos municípios escolhidos para receber as doses da vacina foram definidos seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS.

O Ministério da Saúde reforça que, embora o imunizante contribua para frear o avanço da doença, ainda não é a ferramenta mais eficaz no seu enfrentamento, dada a capacidade de produção do laboratório fornecedor que não é suficiente para atender à demanda do Brasil. Para combater o mosquito, o Ministério dá algumas recomendações: