Por g1 RN — “A areia é excelente e compatível”, afirmou o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, após a retomada da obra de engorda da Praia de Ponta Negra no fim de semana.
A declaração foi feita em uma publicação nas redes sociais do secretário. A prefeitura não informou, até a última atualização desta reportagem, a origem do material que vem sendo usado no aterro da praia da Zona Sul da capital.
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A prefeitura anunciou que irá realizar uma entrevista coletiva no fim da tarde desta segunda-feira (23) para prestar informações sobre o assunto.
A obra da engorda estava paralisada desde o dia 3 de setembro, após a Funpec, contratada pelo município, ter identificado cascalho nos sedimentos retirados do banco de areia licenciado, localizado há cerca de 7 km da costa.
A retomada da obra aguardava a conclusão de um novo estudo (o terceiro em nove anos) no local, para garantir que a areia retirada era própria. Contudo, o município não confirmou se o estudo foi finalizado, ou se encontrou um novo banco de areia.
Procurado pelo g1, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) informou que nenhum licenciamento de nova jazida de areia foi solicitado pelo município, mas que a prefeitura incluiu informações sobre um decreto de emergência e uma nova jazida no processo de licenciamento que já existia no órgão.
A Funpec foi procurada pela Inter TV e informou que não iria se pronunciar sobre o assunto.
Neste domingo (22), o secretário de Infraestrutura da capital, Carlson Gomes, confirmou que “a obra foi retomada dentro do decreto emergencial” emitido pela prefeitura na última sexta-feira (20) por causa do avanço da maré em Ponta Negra.
Na publicação nas redes sociais, Thiago Mesquita, confirmou que a retomada da obra ocorre como uma das respostas à situação de emergência.
“Todas as medidas tomadas pelo município é com a finalidade principal de resguardar vidas humanas e evitar acidentes e estão fundamentadas na legislação brasileira em vigor e nos estudos técnicos e ambientais”, concluiu.