Corpo de último tripulante desaparecido de naufrágio em Pernambuco é identificado pela família

Edriano Gomes de Miranda era o comandante do navio Concórdia, que afundou a cerca de 15 quilômetros do litoral de Pernambuco — Foto: Acervo pessoal
Edriano Gomes de Miranda era o comandante do navio Concórdia, que afundou a cerca de 15 quilômetros do litoral de Pernambuco — Foto: Acervo pessoal

Por g1 RNO corpo encontrado na noite da quinta-feira (19), na área onde o navio de carga Concórdia afundou, a cerca de 15 quilômetros da praia de Ponta de Pedras, em Goiana, Litoral Norte de Pernambuco, é de Edriano Gomes de Miranda, de 48 anos, o comandante da embarcação. A informação foi confirmada à TV Globo pelo filho dele, Anderson da Silva Miranda.

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Edriano era o último tripulante da embarcação que estava desparecido. O corpo será velado em Rio Forte e enterrado no município de Touros, no Rio Grande do Norte, no sábado (21).

Ao todo, nove pessoas estavam no navio quando o cargueiro afundou na noite do domingo (15). Cinco vítimas morreram e quatro foram resgatadas com vida.

Segundo a família, Edriano era natural de Rio do Fogo, no Rio Grande do Norte, e tinha muitos anos de experiência no trabalho com transporte marítimo. Ele havia enviado mensagens à esposa, Bruna da Silva, falando sobre os problemas do cargueiro, enquanto o navio inclinava em alto-mar.

O advogado da da AGS Fretes Marítimos, proprietária do Concórdia, negou que a embarcação estivesse com excesso de peso. Segundo o advogado Jadson Borges, o barco zarpou com 120 toneladas de alimentos e materiais de construção, abaixo da capacidade máxima, de até 180 toneladas.

A Marinha do Brasil enviou um comunicado confirmando a identificação do último tripulante desaparecido – que foi localizado na tarde de quinta (19). Dessa forma a força armada encerrou as buscas.

“Um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos de Navegação foi instaurado para apurar as causas e circunstâncias do acidente. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo”, informou a Marinha.

A Marinha também detalhou que o trabalho foi realizado em conjunto com a Força Aérea Brasileira (FAB), a comunidade marítima da região, o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, as Polícias Civil e Militar de Pernambuco, o Instituto Médico Legal (IML), as Marinas “Enseada” e “Barra de Catuama” e instituições do estado da Paraíba.

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