Suspeitas de aliciamento violento de eleitores têm prisão mantida, após audiência de custódia

Raíssa Lacerda, Kaline Neres do Nascimento, Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos e Taciana Batista do Nascimento tiveram prisões mantidas — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Raíssa Lacerda, Kaline Neres do Nascimento, Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos e Taciana Batista do Nascimento tiveram prisões mantidas — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Por g1 PB — Após audiência de custódia, foi mantida a prisão das quatro mulheres suspeitas de aliciamento violento de eleitores. Elas foram presas na manhã desta quinta-feira (19), em uma operação da Polícia Federal (PF).

Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Taciana Batista do Nascimento e Kaline Neres do Nascimento foram encaminhadas para a Penitenciária Júlia Maranhão. Já a vereadora Raíssa Lacerda (PSB) foi levada para o Quinto Batalhão de João Pessoa. A audiência de custódia aconteceu no Fórum Criminal da capital.

LEIA TAMBÉM:

As quatro mulheres foram presas na manhã desta quinta-feira (19), suspeitas de um esquema de aliciamento violento de eleitores. Conforme informações da Polícia Federal, a vereadora e candidata à reeleição Raíssa Lacerda é suspeita de liderar o esquema.

A assessoria de Raíssa Lacerda informou por meio de nota que acordou perplexa e consternada com a prisão da vereadora e reiterou a inocência dela. “Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação ‘Território Livre’ e a verdade virá à tona e será esclarecida”.

Kaline Neres é articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus e suspeita de ter ligação com facções do bairro. O advogado Emanuel de Alcântara, responsável pela defesa de Kaline, informou que “não tem nenhum material comprobatório que incrimine e nem que caracterize os crimes incrutados a ela”. A defesa comunicou também que entrou com um pedido de habeas corpus.

Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos é suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar. O advogado Aécio Farias, da defesa de Pollyana, informou que ela “nega veementemente qualquer conduta ilícita” e que também entrou com um pedido de habeas corpus.

Taciana Batista do Nascimento era usada para exercer influência na comunidade e é ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida. A defesa dela foi contatada, mas não havia emitido posicionamento até a última atualização desta notícia.

Duas das suspeitas presas – Taciana Batista do Nascimento e Kaline Neres do Nascimento – são contratadas da prefeitura de João Pessoa.

De acordo com dados da plataforma Sagres, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), Taciana Batista do Nascimento é contratada por excepcional interesse público na Prefeitura de João Pessoa como auxiliar operacional desde 1º de fevereiro de 2023.

Já Kaline Neres do Nascimento Rodrigues é comissionada, lotada na Emlur com o cargo de encarregada de turma. Ela foi admitida em 1º de julho de 2022.

O g1 solicitou um posicionamento da Prefeitura de João Pessoa sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta notícia.