Por g1 PB — Duas suspeitas presas, na manhã desta quinta-feira (19), em operação da Polícia Federal (PF) com o objetivo de combater o crime de aliciamento violento de eleitores são contratadas da prefeitura de João Pessoa. São elas Taciana Batista do Nascimento e Kaline Neres do Nascimento.
De acordo com dados da plataforma Sagres, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB),Taciana Batista do Nascimento é contratada como auxiliar operacional da prefeitura. Enquanto Neres do Nascimento Rodrigues é lotada na Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).
O g1 solicitou um posicionamento da Prefeitura de João Pessoa sobre o caso, mas não obteve resposta até a última atualização desta notícia.
Taciana Batista do Nascimento e Kaline Neres do Nascimento são suspeitas de participação em um esquema de aliciamento de eleitores que seria liderado pela vereadora Raíssa Lacerda (PSB), também presa na manhã desta quinta-feira (19).
A assessoria de Raíssa Lacerda informou por meio de nota que acordou perplexa e consternada com a prisão da vereadora e reiterou a inocência dela. “Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação ‘Território Livre’ e a verdade virá à tona e será esclarecida”. O g1 tentou contato com a defesa dos demais envolvidos, mas não obteve resposta.
Conforme informações da Polícia Federal, Taciana Batista do Nascimento era usada para exercer influência na comunidade. É ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida. Enquanto Kaline Neres do Nascimento Rodrigues é articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus e suspeita de ter ligação com facções do bairro.
Além delas, também foi presa Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar.
A ação que prendeu as mulheres nesta quinta-feira (19) é a segunda fase de uma operação da Polícia Federal, cuja primeira fase foi deflagrada no dia 10 de setembro.
Segundo a Polícia Federal, através de controle de território, os investigados estariam exercendo influência no pleito eleitoral, praticando as condutas de constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto e outros que restarem comprovados.
No dia 10 de setembro, foram apreendidos uma quantia de R$ 35 mil em dinheiro, vários documentos com dados pessoais de diversas pessoas, que não eram residentes no local da busca, além de contracheques de funcionários públicos e aparelhos celulares, provas que podem indicar materialidade e autoria, e reforçar os elementos já colhidos durante a investigação policial, objetivando a responsabilização dos envolvidos pelos crimes eleitorais praticados.