Obra de engorda de Ponta Negra segue paralisada após duas semanas

Obra de engorda foi iniciada no fim de agosto, paralisada quatro dias depois e ainda não foi retomada — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi
Obra de engorda foi iniciada no fim de agosto, paralisada quatro dias depois e ainda não foi retomada — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi

Por g1 RN — Paralisada há 15 dias, a retomada da obra de engorda da praia de Ponta Negra segue sem definição. O município aguarda o resultado de um laudo contratado pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) para se pronunciar.

Enquanto isso, a draga holandesa que vai atuar na engorda se reaproximou da orla e a tubulação voltou a ser instalada.

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A obra foi paralisada no dia 3 de setembro, quatro dias após o início da execução, porque a equipe da Funpec identificou problemas nos sedimentos retirados do banco de areia licenciado, que fica a cerca de 7 quilômetros da costa de Natal, em frente ao Farol de Mãe Luiza.

A areia retirada da jazida, que havia passado por estudos em 2015 e 2021, estava com cascalho, o que a deixaria imprópria para a obra.

O laudo que o município aguarda é, portanto, o terceiro estudo realizado no local em 9 anos. O intuito é avaliar se a areia do local tem condições de ser utilizada na engorda.

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O prazo inicial para a conclusão do parecer era estimado de 7 a 10 dias – já esgotados.

Procurada pela reportagem da Inter TV Cabugi, a DTA Engenharia, empresa que venceu a licitação, afirmou que os comunicados estavam sendo feitos apenas pela Prefeitura de Natal.

Por sua vez, o município afirmou, por meio de duas secretarias, que aguardam a conclusão do laudo e que só iriam se posicionar após disso.

O investimento inicial para a obra da engorda é de R$ 73 milhões, com previsão de duração de 94 dias.

A engorda prevê criar um aterro de cerca de 4 km entre a Via Costeira e o Morro do Careca. A previsão é de que a faixa de areia da praia fique com até 100 metros, na maré baixa, e com 50 metros na maré cheia, após o fim da obra.

A obra tinha sido iniciada no fim de agosto após mais de um mês de impasse para a liberação da licença ambiental do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema).