MPPB firma compromisso com órgãos ambientais e exige mais rigor nas punições contra quem joga esgoto no mar de João Pessoa

Ministério Público da Paraíba reuniu instituições de fiscalização para cobrar mais firmeza nas operações contra comércios irregulares — Foto: MPPB/Divulgação
Ministério Público da Paraíba reuniu instituições de fiscalização para cobrar mais firmeza nas operações contra comércios irregulares — Foto: MPPB/Divulgação

Por g1 PB — O Ministério Público da Paraíba (MPPB) reuniu os órgãos ambientais que atuam na Paraíba e em João Pessoa e acordou com eles que as fiscalizações a estabelecimentos comerciais serão intensificadas para assim identificar mais responsáveis por despejar esgoto nas galerias pluviais da cidade. A ideia é que os comércios poluidores sejão autuados e embargados e que os responsáveis por crimes ambientais venham a responder criminalmente pela questão. Ela defende inclusive a prisão dos envolvidos. O encontro aconteceu nessa quarta-feira (15).

Segundo a promotora de Justiça Cláudia Cabral, que atua na área de meio ambiente e patrimônio social, o objetivo é combater as atividades poluidoras que têm gerado danos a rios e mares do litoral pessoense.

Além dessa força-tarefa, a promotora cobrou também um plano de ação, com cronograma de atuação e etapas a serem cumpridas, para que as fiscalizações atinjam toda a orla da capital e também os rios. Incluindo aí trabalho de limpeza, manutenção da rede e identificação de ligações clandestinas e irregulares.

Foram notificados para a reunião a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa), a Superintendência do Meio Ambiente (Sudema) e as secretarias municiais de Infraestrutura e de Meio Ambiente e a Procuradoria Geral do Município de João Pessoa.

A promotora lembrou que a Justiça determinou em 2013, em resposta à ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Estado, que era dever da Prefeitura de João Pessoa realizar a reestruturação e a adequação técnica de toda a rede coletora de águas pluviais, com limpeza, desobstrução e retirada de todas as ligações clandestinas.

Também determinou que a Cagepa colaborasse na fiscalização e adotasse as medidas cabíveis para identificação e retirada de todas as ligações clandestinas vinculadas à rede coletora de águas pluviais de João Pessoa e dos esgotos a céu aberto. O processo está em via de recurso no Tribunal de Justiça da Paraíba.

Com as novas denúncias e com o relatório de balneabilidade que mostrou poluição em quase todo o litoral, a Promotoria de Justiça instaurou um novo inquérito civil para apurar as responsabilidades acerca das ligações clandestinas e irregulares, dos esgotos a céu aberto que são carreados para o mar e para as redes coletoras de águas pluviais. A promotora Cláudia Cabral disse que, em vez de ser resolvido, o problema agravou-se nos últimos anos.