Portugal suspendeu, nesta quarta-feira (27), os voos entre o país e o Brasil do dia 29 de janeiro a 14 de fevereiro. As regras agora estabelecidas são igualmente aplicáveis para o Reino Unido.
O Ministério do Interior português disse que a piora da pandemia no mundo e a detecção de novas variantes justificaram a decisão.
Estão permitidos apenas voos de repatriação e humanitários e, mesmo nesses casos, os viajantes precisarão exibir um resultado negativo de teste de Covid-19 que tenha sido feito 72 horas antes do embarque. Além disso, eles precisarão fazer quarentena de 14 dias ao chegar a Portugal.
Numa nota enviada às redações, o Executivo justifica a decisão com “(…) a evolução da situação epidemiológica a nível mundial, o aumento dos casos de infeção por SARS-CoV-2 em Portugal e a detecção de novas estirpes do vírus.”
“Até ao dia 14 de fevereiro, estão suspensos todos os voos, comerciais ou privados, de todas as companhias aéreas, de e para o Brasil. As regras agora estabelecidas são igualmente aplicáveis aos voos de e para o Reino Unido.”, pode ler-se no comunicado.
Fora da suspensão, refere o MAI, estão apenas os voos de natureza humanitária para efeito de repatriamento dos cidadãos nacionais e membros das respetivas famílias, bem como de titulares de autorização de residência em Portugal.
Nos voos de caráter humanitário podem também embarcar cidadãos nacionais da União Europeia, nacionais de Estados associados ao Espaço Schengen e respetivas famílias e os nacionais de países terceiros com residência legal num Estado-membro da União Europeia, exclusivamente para efeitos de repatriamento.
Adianta a nota que todos cidadãos têm de apresentar, no momento da partida, “um comprovativo de realização de teste molecular por RT-PCR para despiste da infeção por SARS-CoV-2 com resultado negativo, realizado nas 72 horas anteriores à hora do embarque”.
Além disso, “à chegada a território nacional têm de cumprir, obrigatoriamente, um período de 14 dias de quarentena no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde”.
Desde o começo da pandemia, Portugal, com 10 milhões de habitantes, teve 669 mil casos positivos. Desses, quase 173 mil estão ativos.
Nos hospitais, há mais de 6,6 mil pessoas internadas –783 estão em unidades de terapia intensiva.
O Parlamento deverá votar uma prorrogação de 15 dias do estado de emergência. Todas as medidas de confinamento devem ser sejam prolongadas.
Com G1 e SIC