Malafaia faz ‘lobby’ com Bolsonaro por indicação de juiz federal para o STF

Um desses movimentos ocorreu na manhã da última quarta-feira 2, quando o pastor se reuniu com Bolsonaro no Palácio do Planalto — Foto: Reprodução/O Globo

Por Agora RN — A menos de dois meses para a aposentadoria do ministro Celso de Mello, lideranças evangélicas intensificaram o “lobby” junto ao presidente Jair Bolsonaro para tentar emplacar o substituto do decano no Supremo Tribunal Federal (STF).

Um desses movimentos ocorreu na manhã da última quarta-feira 2, quando o pastor Silas Malafaia, presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil, se reuniu com Bolsonaro no Palácio do Planalto.

Acompanhado do apóstolo César Augusto, fundador e líder da Igreja Fonte da Vida, Malafaia entregou ao presidente uma lista com assinaturas de lideranças evangélicas em defesa da indicação para o STF do juiz federal William Douglas dos Santos.

A informação foi confirmada à CNN por duas fontes, sendo um aliado de Bolsonaro e outro próximo a Malafaia e Augusto. Segundo essas fontes, a lista tem assinaturas de líderes da Assembleia de Deus, Igreja Batista, Fonte da Vida, Quadrangular, M12 e Igreja da Graça.

Santos tem 53 anos de idade, é titular da 4ª Vara Federal de Niterói (RJ) e também atua como escritor e professor universitário. Antes de assumir como magistrado, também trabalhou como defensor público e delegado de polícia no Rio de Janeiro.

O juiz é pastor da Igreja Batista, mas tem boa interlocução com as principais lideranças evangélicas de outras denominações — ele é amigo de Malafaia e de Augusto. Santos costuma proferir palestras em cultos e eventos evangélicos.

Segundo apurou a CNN, na reunião com Bolsonaro, Malafaia e Augusto ressaltaram que o nome de Santos é o preferido deles, mas ponderaram que “aceitariam” a indicação do atual ministro da Justiça, André Mendonça, pastor da Igreja Presbiteriana.

De acordo com fontes do Planalto, Bolsonaro disse a Malafaia e Augusto que analisaria o currículo do juiz federal, mas não assumiu qualquer compromisso. Procurado desde sexta-feira, Malafaia não se pronunciou. Oficialmente, o Planalto informou que não comentaria o assunto.

*Com informações da CNN Brasil