Coronavírus: Espanha manda população ficar em casa e França fecha restaurantes

Poucas pessoas são vistas na geralmente lotada Plaza Mayor, no centro de Madri, no sábado (14) — Foto: Javier Soriano/AFP

Por G1 — O Brasil tem neste sábado 121 casos de coronavírus confirmados e 1.496 casos suspeitos em 13 estados. Diversos governos e prefeituras anunciaram restrições a eventos e limitações a reuniões de grupos.

Nos Estados Unidos, o teste de coronavírus feito pelo presidente Donald Trump teve resultado negativo.

A Espanha decretou neste sábado (14) estado de emergência e determinou que as pessoas permaneçam em casa exceto quando o deslocamento for estritamente necessário, como para trabalhar, comprar medicamentos e alimentos ou ir ao hospital.

Além disso, foi anunciado que a mulher do primeiro-ministro Pedro Sánchez, Maria Begoña Gómez, está com Covid-19. Ela recebeu o diagnóstico positivo depois que todos os membros do governo e colaboradores mais próximos do presidente foram submetidos a testes. Além dela, também estão com o coronavírus e cumprindo quarentena as ministras de Política Territorial e Função Pública, Carolina Darias, e a de Igualdade, Irene Montero.

Desde a tarde de sexta-feira (13), o país registrou 1,5 mil novos casos da doença, elevando o balanço da epidemia a 5.753 infectados e 136 mortos. O país é o segundo mais afetado da Europa pela doença.

Na França, o primeiro-ministro, Edouard Philippe, determinou que todos os estabelecimentos públicos não essenciais do país permaneçam fechados a partir da meia-noite deste sábado (14).

A medida se aplica a restaurantes, bares, cafés, cinemas, boates, lojas e outros negócios. Serviços fundamentais, como supermercados, farmácias, postos de gasolina e bancos, poderão continuar funcionando.

O número de casos importados de Covid-19 na China superou os registros de contaminação local. Dos 11 novos casos registrados, sete são de pessoas que vieram do exterior. Apenas quatro foram registrados em Wuhan, cidade onde a epidemia surgiu no fim de 2019.

Os casos importados foram registrados em Xangai (quatro), na província de Gansu (dois) e em Pequim (um). Nesta semana, o município de Pequim decretou quarentena obrigatória de 14 dias para qualquer um procedente do exterior.

O presidente chinês, Xi Jinping, afirma que a epidemia está “praticamente detida” no país, mas as autoridades sanitárias permanecem em alerta diante da chegada de viajantes infectados, especialmente de Irã, Coreia do Sul, Itália e Estados Unidos.

O Ministério da Saúde chinês informou que mais 13 pessoas morreram por causa do vírus, elevando a 3.189 o número total de óbitos na China continental (sem contar os balanços das regiões de Hong Kong e Macau).

Mais de 80,8 mil pessoas foram contaminadas no país, das quais mais de 65 mil (80%) já estão curadas. A melhora sensível da situação levou as autoridades chinesas a aliviar as restrições de deslocamento impostas aos 56 milhões de habitantes da província de Hubei, onde fica Wuhan.

Estados Unidos

Uma mulher de 82 anos que já sofria de enfisema morreu em um hospital de Manhattan por causa da Covid-19. Essa é a primeira morte relacionada ao novo coronavírus do estado de Nova York, que tem mais de 500 registros da doença, como informou neste sábado governador Andrew Cuomo.

Neste sábado, passou a vigorar nos Estados Unidos a suspensão de voos vindos da Europa. O presidente americano, Donald Trump, anunciou que a restrição foi estendida à Grã-Bretanha e à Irlanda, antes excluídos da medida.

O estado da Geórgia anunciou o adiamento de suas primárias eleitorais. Prevista para 24 de março, a votação foi transferida para 19 de maio. O estado, que até este sábado tinha 66 casos de Covid-19 e uma morte causada pela doença, segue uma ação adotada inicialmente pela Louisiana, que transferiu suas primárias de 4 de abril para 20 de junho.