Jovem encontrada em igreja foi morta por rapaz com quem mantinha relacionamento, diz polícia

Larissa Francisco Maciel foi encontrada morta dentro de igreja no DF — Foto: Arquivo pessoal

Por Afonso Ferreira, G1 DF — A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta quarta-feira (15), o suspeito de assassinar a jovem Larissa Francisco Maciel, de 23 anos. A vítima foi encontrada morta no altar de uma igreja evangélica que funcionava embaixo de uma tenda, na Candangolândia.

Segundo as investigações, o suspeito é um jovem de 20 anos. A polícia afirma que ele é casado e mantinha um relacionamento com a vítima há cerca de dois meses.

O homem, que não teve a identidade divulgada, confessou o crime mas não deu detalhes. O caso ocorreu em 6 de janeiro e foi o primeiro feminicídio registrado no ano no DF.

“Fizemos um longo trabalho de colher imagens, ouvir testemunhas. Somando tudo, concluímos a investigação e chegamos à autoria”, afirma o delegado Rafael Ferreira Bernardino, responsável pelas investigações.

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O crime

Segundo a polícia, Larissa Maciel estava nua e foi encontrada por um diácono da Igreja Evangélica Tenda da Libertação, que fica na entrequadra QR 2/4.

Inicialmente, a suspeita era de morte natural. No entanto, os investigadores encontraram sinais de queimaduras nas partes íntimas e nas roupas da mulher, além de marcas de estrangulamento.

Imagens de câmeras de segurança e testemunhas ajudaram a polícia chegar ao suspeito do crime. Nesta quinta-feira (16), a mãe de Larissa, Valdete Francisco Marciel, de 38 anos, esteve na 11ª Delegacia de Polícia e foi informada da prisão do suspeito.

O local onde o corpo da jovem foi encontrado é aberto e protegido apenas por um toldo. Ao G1, Valdete disse, à época do crime, que moradores da região reclamam do espaço. “As pessoas entram e fazem o que querem dentro dessa tenda. Mas eles falam que é uma igreja.”

O G1 procurou os responsáveis pela instituição religiosa. Um pastor que se identificou como Eustáquio disse que a tenda está instalada na região desde 2010. Afirmou, ainda, “não saber de nada” sobre o caso.

“Nós fazemos cultos e orações nesse espaço. Naquela região, temos muitas pessoas carentes. Nossa comunidade está ali para ajudar os moradores”, contou o religioso.