Queijeira modelo apresenta produção artesanal e alavanca vendas na Festa do Boi

Para divulgar o queijo produzido, o Sebrae faz todos os dias uma degustação ao público — Foto: João Vital

A queijeira modelo montada pelo Sebrae durante a Festa do Boi já está rendendo bons frutos. Produzindo diariamente queijo coalho e de manteiga no espaço, o produtor de Tenente Laurentino Lucenildo Firmino, beneficiário do projeto Governo Cidadão, está aproveitando para divulgar seu mais novo produto desde que chegou da competição Mondial Du Fromage, na França: o queijo de manteiga envelhecido. A iguaria está fazendo tanto sucesso que o queijeiro já recebeu 21kg em encomendas.

“Voltei da França cheio de ideias novas e comecei a fazer experiências. Além de produzir diariamente o queijo fresco aqui na Festa do Boi para degustação, trouxe os envelhecidos para apresentar e todo mundo está encomendando”, conta, orgulhoso do queijo de manteiga maturado ao longo de 66 dias que está sendo vendido sob encomenda ao preço de R$ 80 o quilo. Só para se ter uma ideia, o manteiga fresco é comercializado a R$ 30.

Desde que voltou da competição mundial, para onde foi com apoio do Governo do Estado via Governo Cidadão e Banco Mundial, Firmino está focado em agregar valor aos seus produtos. A queijeira Serra de Santana saltou de uma produção de 150 kg diários de queijo para 180 kg. A procura é tanta que ele não consegue mais estocar produto. É produzindo e vendendo logo em seguida.

Selecionado no Edital de Apoio à Cadeia do Leite e Derivados do Governo Cidadão, Lucenildo é vinculado à Cooperativa Cooperativa Agropecuária do Seridó (Capesa), que está a poucos dias homologar a licitação com a empresa vencedora que irá construir a sua e as demais queijeiras selecionadas. “Esse sonho está cada dia mais perto de se realizar”, comemora.

A queijeira modelo foi montada pelo Sebrae com o intuito de sensibilizar os produtores potiguares para a necessidade de regularização e adequação à Lei Nivardo Mello, que regulamentou a produção de queijo artesanal no Estado. Segundo o gerente regional do Sebrae no Seridó Ocidental, Pedro Medeiros, a estrutura se enquadra na realidade da maioria dos pequenos produtores locais. O espaço tem capacidade para processar mil litros de leite por dia.

“Queremos sensibilizar o produtor de que ter uma queijeira padrão e regularizada não está tão distante da realidade dele. Com R$ 50 mil reais ele pode adequar a estrutura e comprar os equipamentos”, registra. Para o gestor, o edital lançado pelo Governo Cidadão é outro meio importante de promover essa sensibilização, porque ao ver os concorrentes se adequando, os demais produtores do Seridó também desejarão fazê-lo para ganhar mercado.

Para divulgar o queijo produzido no espaço da Festa do Boi, o Sebrae faz todos os dias uma degustação ao público às 18h.