Número de casos de sarampo em investigação aumenta para 33 no RN

Em boletim anterior, divulgado também em setembro, casos suspeitos eram 29. Número de confirmados, no entanto, se mantém em 4 — Foto: Prefeitura Engenheiro Coelho/Divulgação.

Por G1 RN O número de casos de sarampo em investigação aumentou para 33 no Rio Grande do Norte. Os casos confirmados, no entanto, não tiveram aumento e seguem em 4. Os novos dados estão no Boletim Epidemiológico que foi divulgado nesta sexta-feira (20) pela Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). O boletim é referente a análise dos casos até o dia 14 de setembro.

No boletim passado, divulgado no dia 12 de setembro, a Sesap apontava os mesmos quatro casos confirmados no novo relatório, mas destacava que outros 29 casos estavam em investigação – quatro a menos que no novo boletim.

Dos 33 casos em investigação, a maioria está na 7ª região de saúde, que corresponde à região Metropolitana de Natal e na 4ª região de saúde, que é a região do Seridó, segundo a Sesap. O município com mais casos em investigação é Currais Novos, aponta a secretaria.

A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica Alessandra Lucchesi explicou que para confirmar um caso de sarampo a Sesap leva em consideração os aspectos clínicos, epidemiológicos e os exames laboratoriais. “Nós testamos os exames tanto para sarampo quanto para outros vírus, o que nós chamamos de exames diferenciais. E os exames que, no primeiro momento, dão como reagentes para sarampo, a amostra é enviada para o laboratório de referência para ser feito o isolamento viral”, explicou.

Histórico

Até o momento, são quatro casos registrados de sarampo no estado. O primeiro foi de um homem de 54 anos que teve um histórico de viagem a São Paulo. Os outros confirmados foram de uma criança de 6 anos, do sexo masculino, no município de Macaíba, uma criança de 1 ano e 6 meses, em Tibau do Sul, e o quarto caso foi de uma paciente de 19 anos de Extremoz.

Dose zero

Em agosto, o Ministério da Saúde recomendou a aplicação da dose zero e tríplice viral para todas as crianças de seis meses até 1 ano. O objetivo é intensificar a vacinação nesse público-alvo da doença, que é mais suscetível a casos graves.

A Sesap reforça que a chamada dose zero não substitui e não será considerada válida para fins do calendário nacional de vacinação da criança. Assim, além dessa dose, os pais e responsáveis devem levar os filhos para tomar a vacina tríplice viral (D1) aos 12 meses de idade (1ª dose) e aos 15 meses (2ªdose) para tomar a vacina tetra viral ou a tríplice viral mais varicela.

Quem deve se vacinar

Bebês de 6 meses a 1 ano incompletos devem tomar a “dose zero”, que é extra. Ao completar 12 meses, devem tomar normalmente uma dose da tríplice viral. Aos 15 meses, devem tomar uma dose da tetravalente.

Pessoas de 12 meses a 29 anos de idade devem ter duas doses da tríplice viral comprovadas. Se não está marcada na carteirinha ou não se lembra, deve procurar uma UBS e regularizar a situação;

Adultos de 30 a 59 anos devem ter pelo menos 1 dose da tríplice viral;

Adultos com mais de 60 anos não precisam se vacinar, por já terem tido contato com a doença no passado.

Foto: Reprodução/G1.