Presidente da CAERN presta esclarecimentos à Comissão a pedido do Deputado Ubaldo Fernandes

Segundo Ubaldo, o Diretor da CAERN "garantiu que se trata de abertura do capital" — Foto: Assessoria.

O diretor-presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), Roberto Linhares, compareceu, hoje (17), à Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Interior da Assembleia Legislativa, a pedido do Deputado Ubaldo Fernandes (PL). O parlamentar solicitou ao presidente da Comissão, Deputado Sandro Pimentel (PSOL) que o convidasse para esclarecer os principais pontos da abertura do capital da Companhia.

“Gostaríamos que o presidente da CAERN explicasse qual é o modelo de abertura de capital a ser adotado e se seria, realmente, isto ou uma privatização. Ele garantiu que se trata de abertura do capital e explicou, detalhadamente, quais os planos da Companhia com a possível injeção de recursos”, disse Ubaldo Fernandes. O Deputado ainda questionou Roberto Linhares sobre um possível aumento de tarifas para a população, o que foi totalmente descartado. “Aumento de tarifas depende da agência reguladora. Não tem relação com a vontade da empresa”, disse Linhares.

O presidente da CAERN esclareceu que a abertura de capital é uma estratégia para trazer mais recursos para a Companhia e, consequentemente, dar mais condições de investir em projetos de saneamento básico. “Como sabemos, o Governo do Estado é o principal acionista da empresa e enfrenta uma grave crise econômica, o que inviabiliza injeção de capital na CAERN. Com novos investidores, poderemos ampliar o saneamento no Rio Grande do Norte, que hoje só chega a 50% do Estado. Para se ter uma ideia, 34 municípios do Alto Oeste estão em situação precária de abastecimento de água. São 105 mil pessoas na região que não têm água e a Companhia não dispõe de recursos suficientes para novos investimentos e conclusão das obras iniciadas”, afirmou.

Ubaldo Fernandes se mostrou satisfeito com as explicações, principalmente por saber que a Companhia dará lucro. Ouviu de Roberto Linhares que, em 50 anos, a Caern acumulou prejuízos no valor de R$ 301 milhões, mas este ano já tem previsão de lucro “A abertura de capital, que no máximo só pode chegar a 49%, vai ser boa para os empregados, para a Companhia e para a população”, garantiu o presidente.