Pai e madrasta torturam e matam criança de 6 anos espancada com chicotadas

O barbeiro Rodrigo Jesus da França, 25 anos, foi preso em flagrante acusado de homicídio qualificado pela tortura — Foto: Divulgação.

Por Grande Ponto — O assassinato de uma menina de 6 anos chocou o Brasil. Mel Rhayane Ribeiro de Jesus foi espancada até à morte pelo próprio pai no Rio de Janeiro. A perícia constatou que ela foi amarrada e chicoteada. A Delegacia de Homicidios da Capital (DH-Capital), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, prendeu em flagrante o barbeiro Rodrigo Jesus da França, 25 anos, acusado de homicídio qualificado pela tortura.

“Facínoras, covardes, malditos”, foram os adjetivos usados pelo delegado Antônio Ricardo, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), para qualificar Rodrigo Jesus da França e Juliana Mayara Brito da Silva, respectivamente pai e madrasta de Mel Rhayane Ribeiro de Jesus, torturada e morta por ele dentro de casa. O delegado disse que por pouco os dois não foram linchados pelos vizinhos no Lins de Vasconcelos.

“Essa ocorrência sensibilizou as equipes, os delegados, os policiais. Uma covardia tamanha! Uma situação em que essa criança deve ter sofrido bastante. E a atuação da DH busca justiça. Eles responderão em flagrante por homicídio e também pela tortura porque observamos que essas lesões são antigas e por conta disso entendemos que essa tortura já vinha acontecendo há algum tempo. São facínoras, covardes, malditos. Acho que não tem adjetivos para esse tipo de gente. Felizmente, nós conseguimos deter esses indivíduos. A população local queria linchá-los e por pouco isso não aconteceu. É uma tristeza ver uma covardia dessa com uma criança inocente”, disse o delegado.

Foi o próprio Rodrigo Jesus quem levou ontem (02) a menina, já sem vida, ao hospital. Ele pediu para ser preso porque temia ser linchado por moradores do Complexo do Lins.

A perícia constatou que a criança não tinha um pedaço da orelha e apresentava úlceras no tornozelo e mãos, aparentando que a criança era constantemente amarrada e chicoteada.

A madrasta da vítima, Juliana Mayara Brito da Silva, 20 anos, também foi presa, acusada de omitir as agressões.

A Polícia Civil informa ainda que o pai tirou a filha da escola para que não notassem as agressões.