Polícia Civil abre investigação para apurar “agulhadas” no Carnaval de Caicó

Hospital chegou a receber cerca de 20 pessoas dizendo terem sido furadas por agulhas - Foto: Pixabay/Reprodução

Por Anderson Barbosa, G1 RN – A Polícia Civil abriu investigação para apurar denúncias de pessoas que dizem ter sido atacadas com agulhas de seringas durante o Carnaval de Caicó.

Das 14 pessoas que foram atendidas pelo setor de emergência do Hospital Estadual Telecila Freitas Fontes, mais conhecido como Hospital Regional do Seridó, pelo menos duas delas procuraram a delegacia da cidade e prestaram queixa.

“Com a representação formal das vítimas, o inquérito certamente será instaurado”, afirmou o delegado Inácio Rodrigues, titular da Diretoria de Polícia Civil do Interior (DPCIN). Além disso, o delegado também confirmou que o hospital foi oficiado para mandar a relação das pessoas que receberam atendimentos relatando a violência. Até o momento, no entanto, ninguém foi preso em flagrante e ainda não há imagens que mostrem suspeitos.

Os atendimentos registrados no Hospital Regional do Seridó foram feitos no sábado (2), domingo (3) e segunda-feira (4). Nenhum caso foi registrado na terça (5) nem na manhã desta Quarta-feira de Cinzas (6), último dia de folia em Caicó.

Diretora-geral do Hospital Regional do Seridó, Maura Vanessa Sobreira disse ao G1 que as vítimas foram submetidas à profilaxia pós-exposição, que é uma medida de prevenção de urgência à exposição pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis. “Todos deram resultado negativo”, ressaltou.

Ainda de acordo com a diretora, o hospital chegou a receber cerca de 20 pessoas dizendo terem sido furadas por agulhas. “Algumas afirmaram ter visto as seringas”, revelou. “Outras, porém, ao serem informadas que a medicação que receberiam poderia causar efeitos colaterais, como enjoo, por exemplo, se negaram a ser atendidas”, acrescentou.

Outros casos

Em Recife, pelo menos 25 pessoas também relataram terem sido furadas com seringas.

No ano passado, em meio ao São João de Campina Grande, na Paraíba, 34 casos semelhantes de ataques foram registrados. No entanto, a polícia não confirmou que os ferimentos foram causados por agulhadas.