Quadrilha ‘contaminava’ contêineres para mandar cocaína à Europa

A PF investigava a quadrilha a cerca de um ano (Foto: Reprodução)

Do G1 – A Polícia Federal fez uma operação contra o tráfico internacional de drogas nesta quarta-feira (10) em três estados: Rio de Janeiro, Paraíba e Rio Grande do Norte. A quadrilha enviava a droga para a Europa em contêineres de navios, que já estavam embarcados em cargueiros nos portos. A PF investigava a quadrilha a cerca de um ano.

Até as 14h, nove pessoas haviam sido presas – entre elas, dois estivadores e dois funcionários da MultiRio, concessionária que opera no Porto do Rio. Os agentes fizeram um flagrante no navio na noite desta terça-feira e apreenderam 78 quilos de cocaína que estavam em sete mochilas.

Segundo a polícia, a droga seguiria para o porto de Antuérpia, na Bélgica. A mesma operação prendeu uma pessoa em João Pessoa e o chefe do grupo em Natal.

Segundo o delegado André Santana, a operação foi antecipada – a investigação sobre esta quadrilha detectou uma movimentação na região do Porto. Com um dos presos em Copacabana, foram apreendidos US$ 30 mil.

Em julho, a PF prendeu integrantes de uma quadrilha que também enviava cocaína para a Europa em contêineres negociava em criptomoedas. “principalmente bitcoins”.

“Eles usam essa moeda para receber valores lá fora. É uma forma de burlar o controle da movimentação financeira”, explicou na época o chefe da delegacia de Repressão às Drogas da Polícia Federal, Carlos Eduardo Thome.

Até setembro, a Polícia Federal apreendeu 2,5 toneladas de cocaína este ano no Rio – desse total, duas toneladas iriam para a Europa.

Em todo o Brasil, este ano foram apreendidas 59 toneladas da droga, o que é considerado um recorde pela PF.

André Santana e Sérgio Busato, da PF: até setembro deste ano, instituição apreendeu 2,3 toneladas de cocaína no Rio. — Foto: Henrique Coelho

Uma das estratégias do bando consistia em “contaminar” contêineres de terceiros já lacrados pela Receita Federal.

Por Nathalia Castro, Narayanna Borges e Henrique Coelho, TV Globo, GloboNews e G1