Em Natal, Meirelles diz que união do centro é “acordo de bastidor”

Henrique Meirelles, candidato à presidência da República pelo MDB. ( Foto: José Aldenir / Agora RN )

O candidato do MDB à presidência, Henrique Meirelles, cumpriu agenda em Natal nesta segunda-feira, 24, condenando o aumento de impostos, defendendo o corte no número de Ministérios, mas se posicionando a favor da manutenção do recém criada pasta da Segurança Pública.

Meirelles, que foi Ministro da Fazenda nos dois governos do ex-presidente Lula, atacou o atual candidato do PT à presidência, Fernando Haddad, ao lembrar que ele protagonizou uma situação inédita ao conseguir perder em todos os distritos eleitorais de São Paulo na tentativa de se reeleger à prefeito nas últimas eleições.

“É o que acontece quando há um candidato ungido e não escolhido pelos seus pares”, afirmou Meirelles.

O candidato do MDB voltou a defender a manutenção da reeleição para presidente ao sustentar que “quatro anos é pouco” para que o futuro mandatário possa desenvolver seus programas de governo.

Entre outras coisas, ele prometeu que manterá o Bolsa Família e se posicionou a favor da manutenção da Operação Lava Jato. E não se furtou a falar sobre a nova legislação trabalhista, cuja a manutenção disse ser favorável.

A agenda de Meirelles na capital potiguar incluiu um encontro com empresários varejistas na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas em Natal, onde concedeu uma entrevista coletiva, e visita a Liga Norte-rio-grandense contra o Câncer.

Mais cedo, ele deu uma entrevista a uma emissora de rádio e fechou seu roteiro na bancada de uma emissora de TV, antes de seguir viagem para Salvador.
O roteiro de candidato previa ainda uma caminha pelo bairro do Alecrim.

Procurando manter o otimismo de sua campanha em alta, Meirelles disse que espera uma reação das pesquisas eleitorais nessas duas semanas que faltam para o pleito.

Aproveitou para afirmar que engana-se quem espera dele uma postura privatista ao extremo, ironizando quem afirma que eles vai vender tudo quando assumir, até a Espalda dos Ministérios, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal.

“Assim, não teria mais governo e nem país porque estaria tudo vendido. Só pode ser fantasia de quem não sabe o que está falando ou quer influenciar pessoas ingênuas”, comentou.

Sobre a recente declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que é preciso uma aliança do centro contra os candidatos radicais, Meirelles afirmou o seguinte:

“Trata-se de uma abordagem que não funciona mais no mundo moderno, pois reflete um acordo de bastidor. Isto tem que ser decidido pela população e por mais ninguém”.

Para o Henrique Meirelles, “a população já sabe quem são os atuais candidatos à presidência da República, Jair Bolsonaro, representando a direita, e Fernando Haddad, representando a esquerda. E o que é importante, o povo sabe as condições que eles reúnem para governar o País”.

Segundo o candidato, enquanto Bolsonaro não passa de um delirante que nunca administrou nada a não ser sua própria carreira de deputado; Haddah realizou uma das piores administrações na cidade de São Paulo, perdendo sua reeleição fragorosamente.