Em Natal, João Amoêdo diz que polarização é ruim para o país

Candidato à Presidência pelo Partido Novo afirmou também que o Estado não deve ter empresas públicas (Foto: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi)

O candidato do Partido Novo à Presidência da República, João Amoêdo, cumpriu agenda em Natal nesta quarta-feira (19). Durante entrevista coletiva, ele disse que a polarização nas eleições é uma situação ruim para o país, e que o Brasil se dividiu porque a classe política precisa ser substituída.

“Essa polarização é muito ruim e se intensificou, o Brasil veio sendo dividido nos últimos meses, nos últimos anos. E por que no meu entender ele veio sendo dividido? Porque a gente tem uma classe política que precisa ser substituída e só quem tem a possibilidade de fazer isso é a sociedade. Na medida em que eles entenderam isso eles começaram a travar o sistema, trazer mais benefícios para quem está lá e dividir cada vez mais a sociedade: nós contra eles, homem contra mulher, empregado contra empregador, e assim por diante. E eu acho muito ruim que a gente tenha ido pra essa divisão e pra esse extremismo ainda agora porque você deixa a racionalidade de lado e o Brasil só vai melhorar quando a gente tiver equilíbrio pra dizer quais são os problemas que a gente vai enfrentar, como a gente vai enfrentar esses problemas, e sem transformar isso numa disputa de futebol, numa batalha. A nação brasileira precisa estar unida pra gente se tornar um país mais próspero”.

Privatização
Ainda durante a entrevista coletiva, João Amoêdo afirmou que o Estado não deve ter empresas públicas. “Somos favoráveis que o Estado não tenha empresas públicas, estatais. O Estado deveria atuar única e exclusivamente na saúde, na educação, na segurança, na proteção da moeda, nas relações internacionais. Não faz sentido, na nossa avaliação, fazer entrega de correspondência, administrar posto de combustível, instituições financeiras. Isso cria um ambiente propício para a corrupção”, disse.

Amoêdo defendeu ainda que a gestão privada dá mais eficiência às empresas. “A gente já viu por experiência que a gestão do estado, normalmente é pior. Quando há um processo de privatização as empresas passam a ter um melhor resultado. A gente viu isso no caso da Vale do Rio Doce, a gente viu isso no caso das privatizações das empresas de telefonia. Então a nossa percepção é que o Estado deveria sair disso, fazer essa redução”, avaliou.

João Amoêdo afirmou também que, se eleito, pretende reduzir a máquina pública com cortes de ministérios e secretarias. “A gente não precisa ter tantos ministérios, a gente pretende trabalhar com no máximo 12 ministérios. Hoje são 150 secretarias, tudo isso faz um inchaço da máquina pública. Essa linha de ser mais eficiente é fundamental”.

Na quinta-feira (20), o presidenciável do Partido Novo cumpre agenda de imprensa pela manhã e faz caminhada pelas ruas do Alecrim, na Zona Leste da capital potiguar, antes de deixar Natal rumo à Salvador.

Do G1 RN