Vídeo mostra helicóptero usado na morte de Gegê e Paca

Helicóptero usado em ataque a Gegê do Mangue foi achado em área de mata de Fernandópolis, no interior de SP (Foto: Divulgação)

Do G1 CE – Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que membros da facção PCC (Primeiro Comando da Capital) chegam de helicóptero a um hangar em Eusébio, na Grande Fortaleza, após os assassinatos de Gegê do Mangue e Paca, chefes da mesma organização criminosa. Segundo divulgou nesta sexta-feira (2) o secretário de Segurança do Ceará, André Costa, Fuminho, um terceiro chefe do bando, foi o mandante do crime.

Ainda segundo André Costa, cinco homens participaram diretamente do assassinato dos dois, disparando tiros de arma de fogo. Um dos executores foi Cabelo Duro, também assassinado, cinco dias depois, em frente a um hotel em São Paulo.

O G1 também teve acesso a imagens de câmera de um hotel na Avenida Beira Mar, área nobre de Fortaleza, onde os cinco suspeitos se hospedaram, em 14 de fevereiro, um dia antes da execução de Gegê e Paca em uma área indígena de Aquiraz. (Assistir ao vídeo)

Conforme André Costa, eles viajaram para Fortaleza com o “objetivo exclusivo” de matar os chefes da facção. As suspeitas é de que Marcola, o número um da organização, que está preso em São Paulo, queria a morte dos dois por estarem desviando dinheiro do bando. Fora das grades, Fuminha foi encarregado de organizar o crime, que envolveu um falso plano de tirar as vítimas do Ceará em helicóptero.

“Eles foram de helicóptero até o local do crime duas vezes. Na primeira, o piloto foi com cinco executores, às 9h28. Os executores ficaram no local, e o piloto voltou com o Cabelo Duro ao hangar. Depois, às 9h50, eles decolaram e pegaram o Gegê e o Paca em um outro lugar, ainda desconhecido, e levaram os dois até novamente a área indígena, onde eles foram assassinados a tiros pelos cinco”, detalhou André Costa.

Ainda segundo André Costa, o dinheiro desviado de dentro da organização era usado para manter uma vida luxuosa no litoral cearense. A Justiça ordenou o sequestro de bens dos membros avaliados em R$ 12 milhões, incluindo cinco imóveis, quatro carros que somam R$ 2,5 milhões e um helicóptero de R$ 3 milhões.