‘Havia um demônio nela’, justifica mãe que ajudou marido a abusar da filha

Menina, que atualmente tem 17 anos, contou que os abusos sexuais começaram quando tinha somente oito anos (Foto: Reprodução/Metro.co.uk)

Uma mulher foi condenada a cumprir uma pena de 14 anos por ter permitido que a filha fosse violentada durante sete anos pelo marido, padrasto da vítima. Celia Bratriz Sosa ajudava e até mesmo pedia para que Sergio Eduardo Gimenez cometesse os abusos sexuais contra a vítima, afirmando que a menina “tinha um demônio dentro de si e que aquilo poderia ajudá-la”.

A vítima dos abusos , que atualmente tem 17 anos, contou que a violência sexual começou quando tinha somente oito anos, e que ela chegou a engravidar do homem, sendo levada ao Paraguai para que pudesse fazer um aborto. De acordo com o jornal Metro , o namorado de Celia está foragido, sendo procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) desde que os crimes que cometeu vieram a público.

“Tudo começou quando eu era uma criança, tinha só oito anos. Ele estava sempre bêbado, me acordava e pedia para fazer coisas nojentas que eu não queria. Foi Sergio que começou a dizer que eu era má e que tinha um demônio dentro de mim. Minha mãe acabou acreditando e deixava que ele me violentasse. Eu nunca gostei dele”, conta a vítima em um tribunal de Buenos Aires.

Denúncia e condenação

A garota só quebrou o silêncio em 2015, quando teve o apoio da avó, que a ajudou a formalizar a queixa junto das autoridades e a levou para um hospital na capital argentina, onde realizou exames que vieram a comprovar as agressões sexuais.

“Os estupros se tornaram frequentes. Lembro que sempre quando me deitava, ele dizia que eu não podia dormir porque tinha coisas para fazer. Minha mãe o ajudava, me batia com um cinto para que eu não o desobedecesse. Às vezes durava toda a noite, e ele nem sempre usava preservativo”, revelou a menor.

Celia Beatriz Sosa foi condenada por abusos sexuais da menor, além de ter sido sentenciada por maus-tratos infantis, agressão e obstrução à Justiça. Ela foi levada para prisão feminina de Ezeiza, cidade da Grande Buenos Aires, na Argentina, onde passará mais de uma década.

Último Segundo – iG