Flávio Rocha responsabiliza “perseguição” do MPT pelo desemprego de trabalhadores do RN

O empresário Flávio Rocha utilizou uma de suas redes sociais para criticar o MTP/RN - Reprodução
Blog do FM – Em uma postagem veiculada em sua rede social, o empresário Flávio Rocha, controlador do grupo Guararapes, responsabilizou o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte (MPT/RN) pelo eventual desemprego de trabalhadores que venha a ser gerado pela iniciativa do órgão ministerial de cobrar multa de R$ 38 milhões a Guararapes, valor de uma indenização que seria destinada ao pagamento a 62 facções têxteis que atuam no interior do estado por meio do programa Pró-Sertão.

Interpretada como um desserviço ao desenvolvimento econômico do Rio Grande do Norte, a decisão do MPT/RN vem sendo bastante criticada por empresários, políticos e formadores de opinião, através das redes sociais. Em sua postagem, Flávio Rocha considera “perseguição” a atitude do Ministério Público do Trabalho e diz que é o trabalhador quem sofre com a iniciativa encampada pelo órgão. “A Riachuelo tem como se proteger”, destacou.

Rocha destaca ainda que os postos de trabalho oriundos das facções que atuam no Rio Grande do Norte, deverão ser transferidos para o Ceará e Paraíba. “Desde que esse verdadeiro assédio começou em 2010, criamos nossa operação na China, no Paraguai, aumentamos as fábricas no Ceará. Agora vamos ter que credenciar facções na Paraíba e no Ceará. Nesse período, a Riachuelo quintuplicou, mas a Guararapes de Natal foi de 20.000 para 7.000 empregos”, enfatizou o industrial.

TIRO NO PÉ

A ação do MPT/RN terminou se convertendo em um tipo no pé do próprio órgão ministerial, cuja imagem ficou desgastada não só junto ao empresariado, como também no âmbito dos trabalhadores que já vislumbram o fantasma do desemprego.

A repercussão negativa se intensificará no próximo sábado, quando será realizado no município de São José do Seridó um protesto contra ação do Ministério Público do Trabalho. O ato público contará, inclusive, com a participação do desembargador Cláudio Santos, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte que já se posicionou contrário à decisão do MPT/RN.