A cada três horas e meia do mês passado, uma pessoa foi assassinada no Rio Grande do Norte. O número de homicídios, cuja maioria teve uma ou mais armas de fogo como instrumento causador, chegou a 208. No mesmo período do ano passado foram 147 assassinatos.
O aumento contabilizado pelo Observatório da Violência Letal Intencional do Rio Grande do Norte (OBVIO) chegou a 41,5%. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) ainda não divulgou os números de homicídios em janeiro.
A morte de 26 presos na maior rebelião da história da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, engrossou a estatística. Mas não foi, entretanto, a maior causadora do aumento dos casos. A guerra do tráfico e a falta de estrutura da Segurança Pública são apontados por especialistas como principais causadores da escalda da violência no estado potiguar.
“Continua a sequência de violência iniciada em 2016. A falta de planejamento custa caro e quem paga é o contribuinte. A escassez de investimentos gera mais violência e criminalidade”, analisou o especialista em segurança pública e diretor do Obvio, Ivênio Dieb Hermes.
Ele destacou, ainda, que o mês de janeiro de 2017 foi o mais violento desde que os homicídios passaram a ser contabilizados no Rio Grande do Norte.
Da Agência Estado