Quase mil cidades do país em estado de calamidade

Por chuva ou por calor, 994 cidades brasileiras decretaram estados de emergência ou calamidade pública. Todas tiveram as situações reconhecida pelos governos dos estados a que pertencem. O algoz dos 994 municípios é um só: o clima.

Nos cálculos do jornal Correio Braziliense o pior problema é o calor, sendo o Nordeste a região mais afetada, com 844 cidades em estado de emergência. Em uma das piores secas de todos os tempos, seis municípios decretaram situação de emergência só nos últimos dias: Jaíba e Rubim (MG); Coivaras (PI); Feira Nova e Poço Redondo (SE); e Mar Vermelho (AL).

No sertão de Petrolina, quinta maior cidade de Pernambuco, não chove há 11 meses, de acordo com o Estadão. Em meados de dezembro, caiu uma chuva forte, mas logo parou. Grandes reservatórios do Nordeste – com potencial de armazenar mais de 10 bilhões de litros de água – operam, em média, com 16,3% da capacidade, porcentual que era de 46,3% há cinco anos. Dos 533 reservatórios da região monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA), 142 estão secos.

Nas regiões Sul e Sudeste o que maltrata as cidades são os temporais de verão. Em São Paulo, no sábado (7), uma forte chuva alagou e causou o fechamento da estação Jardim São Paulo, da Linha 1- Azul do Metrô, na zona norte. Toda a cidade entrou em estado de atenção para alagamentos.

As chuvas fortes que caíram no Rio Grande do Sul durante esta semana castigaram pelo menos onze cidades. A capital, Porto Alegre, e municípios do centro, e do litoral ficaram alagados. Grande parte das cidades destas localidades ficaram sem abastecimento de energia elétrica e muitas famílias tiveram que abandonar as casas.

A previsão do tempo para esta segunda-feira (9) alerta para risco de chuva forte no Sul; do Espírito Santo ao sudeste do Tocantins, o tempo segue firme e seco. Chove muito no Vale do Paraíba e também na Grande São Paulo.