Fátima Bezerra pede rigor na apuração da ação da PM no campus da UFRN

Nas redes sociais, questiona-se a autonomia da reitora da UFRN, Ângela Paiva, que não teria sido comunicada das tratativas entre a PF e a PM (Divulgação/Facebook)
A senadora Fátima Bezerra (PT) pede que ação da Polícia Militar, ocorrida nessa terça-feira, no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte seja apurada minuciosamente pelas autoridades competentes. Segundo ela, não se pode aceitar que setores, ainda mais no âmbito da comunidade acadêmica, venham a ferir sua autonomia. Leia a Nota:
NOTA
Quero me associar à nota postada pela Associação dos Docentes da UFRN (Adurn) – link http://www.adurn.org.br/…/em-nota-adurn-sindicato-repudia-a… – sobre o lamentável ocorrido de ontem. É inconcebível que um ato autoritário e de extrema gravidade como este ocorra no âmbito de uma Universidade como a UFRN.
O poder de polícia foi acionado, não se sabe por quem, sem a autorização da reitoria, para supostamente proteger a exibição de um filme no auditório do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA). Isso fere a soberania da instituição.
Não questiono a livre manifestação ideológica. A Universidade é o espaço para o pluralismo de ideias. Mas não podemos aceitar que setores, ainda mais no âmbito da comunidade acadêmica, venham a ferir sua autonomia. É nosso dever defendê-la.
Esse episódio precisa ser apurado com o rigor da lei e os esclarecimentos devem ser devidamente prestados não só à UFRN, mas à própria sociedade.

Em nota, ADURN-Sindicato repudia ameaça à autonomia da UFRN

O ADURN-Sindicato tem alertado a comunidade acadêmica sobre os riscos que a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vem enfrentando e tem ressaltado que a Democracia que ainda resta neste espaço vem sendo ameaçada por forças sombrias que cercam a nossa Universidade.

Diante disso, repudiamos o fato ocorrido na noite desta terça-feira (14), ocasião em que provocadores se aglomeraram em frente ao prédio do Centro de Ciências Humanas Letras e Artes (CCHLA) para supostamente “proteger” a exibição de uma película que mostra a biografia de Olavo de Carvalho, uma das lideranças reacionárias desse país.

Embora discorde frontalmente de suas reais intenções, o ADURN-Sindicato não questiona a realização do evento, tendo ele sido realizado dentro das regras da UFRN, no entanto a forma como os acontecimentos se desenrolaram provocaram uma interferência grotesca na autonomia dessa instituição. O que já seria bizarro, tornou-se mais incompreensível pois automóveis da Polícia Militar, que pela lei só pode atuar dentro da UFRN caso seja autorizado pela Reitora, o que não ocorreu, faziam a “proteção” da película e obviamente dessa turba provocadora.

O ADURN-Sindicato de pronto denunciou o fato à Reitoria que tomou imediatas providências para retirar as forças policias de dentro do Campus. Consideramos o que ocorreu nesta terça-feira algo da mais extrema gravidade, pois mostra que o obscurantismo se instalou dentro da UFRN. A defesa da Democracia e do respeito e a legalidade sempre norteou a ação política do ADURN-Sindicato e é nesse sentido que repudiamos o ocorrido e exigimos que se apure a responsabilidade sobre o mesmo, ressaltando que não se pode chamar de “democrata” grupos de fascistas cujo pensamento trouxe ao mundo uma Guerra Mundial. Chamamos toda a comunidade acadêmica a defender a autonomia da UFRN e rechaçar as posturas autoritárias de grupos fascistas que tendem a tornar o espaço da construção do saber em um repositório de ideias medievais e anti-civilizatorias.

A Diretoria