Mulheres foram decapitadas no Ceará por ordem de chefe de facção

Mulheres foram torturadas e decapitadas em área de mangue na Grande Fortaleza (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

Do G1 CE – As três mulheres torturadas e decapitadas em uma área de mangue na Região Metropolitana de Fortaleza no Estado do Ceará foram assassinadas por uma facção criminosa rival de uma das vítimas. Uma das mulheres, Nara Aline, era “o alvo” da gangue; outras duas foram assassinadas por estarem na companhia de Nara quando ela foi achada pelo bando, segundo divulgou nesta quinta-feira (15) a Polícia Civil.

Conforme a Polícia Civil, Jeilson Lopes Pires, mandante do crime e integrante do bando Gafanhoto GDE, ordenou a morte de Nara Aline Mota (23), moradora do Bairro Vila Velha e integrante do Comando Vermelho, por vender drogas na Comunidade Gafanhoto, área onde ele domina a venda de entorpecentes. Jeilson Lopes foi preso nesta quarta-feira (14).

Nara Aline estava acompanhada de Darcyelle Ancelmo de Alencar (31 anos) e Ingrid Teixeira Ferreira (22). Elas foram levadas à força até um mangue no Rio Ceará, no limite entre Caucaia e Fortaleza, onde foram assassinadas.

Mais dois presos

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira mais dois suspeitos de torturar com golpes de facão e matar as três mulheres, entre eles o homem apontado como o mandante do crime; seis pessoas haviam sido presas na semana passada, chegando a oito o total de detidos por envolvimento no caso.

As vítimas foram achadas em estado avançado de decomposição e foram identificadas por meio de amostras de DNA.

Uma das jovens sofreu uma série de mutilações, inclusive com a amputação de um braço. Os criminosos filmaram o crime e postaram o vídeo em redes sociais. Os corpos foram achados enterrados em uma área de mangue em março, uma semana após os crimes.

Comunidade do Gafanhoto

Os oitos suspeitos são moradores da Comunidade do Gafanhoto, no Bairro Vila Velha, e são todos membros da mesma facção, conforme a investigação. Um dos presos tem a tatuagem de um gafanhoto no abdômen, o que indica a atuação dele na organização criminosa, conforme a Polícia Civil.

Um dos presos indicou o local onde os corpos foram enterrados. Junto com as vítimas foram encontradas peças de roupas e pedaços de madeira que, segundo a polícia, foram utilizados para agredir as vítimas. Parte do facão que teria sido usado no crime também estava no local.