Deputada Márcia Maia cobra do Governo do RN um plano de convivência com a seca

Deputada estadual Márcia Maia (PSDB) - Crédito da foto: João Gilberto
O Governo do Rio Grande do Norte decretou, por mais 180 dias, a situação de emergência por causa da seca em 153 municípios do Estado. O assunto foi tema de pronunciamento da deputada Márcia Maia (PSDB), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (19), que cobrou do Governo um plano de convivência com a seca.

“Pude comprovar a grave situação de estiagem durante três dias que viajei pela região Oeste. Os principais problemas são a seca, saúde e segurança pública. A seca é um fenômeno natural e precisamos conviver com ela. O Governo precisa de um plano de convivência com a estiagem, que seja real, que contemple as diferentes realidades dos municípios, das regiões, das diferenças geográficas de nosso Estado. Esse é o nono decreto de emergência para a situação de estiagem que já dura quase 6 anos seguidos”, disse Márcia Maia.

A parlamentar falou ainda que dos 47 reservatórios do Rio Grande do Norte monitorados no primeiro semestre de 2017, 11 estão secos e 18 estão em volume morto, levando-se a considerar a situação hídrica atual do Rio Grande do Norte como crítica.

De acordo com o decreto, estima-se que o setor agropecuário venha sofrendo, anualmente, uma perda de receita da ordem de mais de R$ 4 bilhões por causa da estiagem. “Mesmo diante desse cenário, os agricultores do Rio Grande do Norte permanecem à mercê de apoio governamental”, acrescentou.

Deputada estadual Márcia Maia (PSDB) – Crédito da foto: João Gilberto

Márcia ressaltou que apenas 14 cidades do RN não estão em estado de emergência. “Essa é uma situação de profundo colapso que afeta a economia e a qualidade de vida das pessoas e a Operação Vertente, do Governo do Estado, é apenas um paliativo para levar caminhões-pipa para cidades do Rio Grande do Norte em colapso”.

A deputada apontou ainda algumas alternativas de convivência com a seca, como a instalação de cisternas e destaca que não há planejamento do uso dos recursos hídricos no Brasil e no Nordeste. “É fundamental avaliar as possibilidades técnicas de se resolver as coisas. Água é um bem natural finito e tem que ser usado com muita cautela. Por isso, o próprio Governo do Estado pode apresentar projetos e culturas, promover processos de capacitação e qualificação em larga escala para que os produtores possam atuar em culturas capazes de conviver com a seca”.