Agosto sangrento: Com 226 mortes esse foi o mês mais violento da história do RN

Aumento do número de vítimas supera 35% em relação ao mesmo período de 2016 (Foto: Marcelino Neto/O Câmera)
O Rio Grande do Norte registrou, em agosto de 2017, um total de 226 crimes violentos letais intencionais – como são chamados os homicídios e outros tipos de crimes que culminam na morte das vítimas. Os dados são do Observatório da Violência do RN (OBVIO), segundo o qual o mês foi mais violento da história do estado.
Agosto superou julho, que até então era o ‘campeão’ nas estatísticas deste ano, com 218 vítimas. O crescimento em relação a agosto de 2016 é de 35,3% e, na comparação com o mesmo período em 2015, o aumento foi de 67,4%.
Os dados ainda representaram uma média de sete mortes por dia, ou uma morte a cada três horas e meia.

O coordenador do OBVIO, Ivênio Hermes explica que o mês é o mais violento da série histórica. “Nós trabalhamos levantando esses dados desde 2013. E naquele período, colhemos dados dos anos anteriores. Esse é o mês mais violento desse histórico”, afirma.

Questionada sobre o assunto, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESED) afirmou que não iria comentar o dados do instituto.

Nos oito primeiros meses do ano, ainda de acordo com o OBVIO, 1.647 pessoas foram mortas no estado. São 337 vítimas a mais que o mesmo período de 2016, quando foram registrados 1310. Na comparação de janeiro a agosto de 2015, o estado teve aumento de 54,2%. Foram 579 vidas a mais perdidas para a violência.

Ranking dos municípios mais violentos no RN é liderado por Natal (Foto: Observatório da Violência do RN)

Setembro

Apesar de estar apenas no início, setembro também já registra dados preocupantes. O primeiro final de semana do mês registrou 33 mortes violentas, o que o coloca como um dos maios violentos do ano. Dois casos totalizaram oito mortes de ação típica de estado (confronto entre policiais e criminosos). Quatro suspeitos de integrarem uma quadrilha morreram em confronto com a PM em Campo Grande, na tarde deste domingo (3). Outros quatro, sendo três homens e uma mulher, morreram na sexta (1º), durante operação da Polícia Civil.