Governador Robinson Faria nega ‘prática de qualquer irregularidade’ na ALRN

PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra o governador do RN, Robinson Faria, do PSD - (Reprodução TV Globo)
Do G1 RN – O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), se pronunciou sobre as investigações da Polícia Federal que apuram o envolvimento dele e de assistentes de sua confiança em um suposto esquema de desvio de recursos públicos da Assembleia Legislativa do estado por meio de contratação de funcionários fantasmas desde 2006. “O Governador Robinson Faria nega veementemente a prática de qualquer irregularidade durante seu mandato de deputado estadual”, disse ele, por meio de advogado.

Assinada pelo advogado José Luis Oliveira Lima, a nota enviada à imprensa afirma que o governador sempre esteve à disposição para prestar qualquer esclarecimento.

“Apesar de não concordar com a diligência realizada nesta data, [o governador] tem profundo respeito pela Justiça e confia no rápido restabelecimento da verdade. Até o momento a defesa não teve acesso aos autos”, informou.

Operação

Denominada Anteros (divindade grega que semeia a discórdia, o ódio, e prejudica a afinidade dos elementos), a operação cumpriu buscas em imóveis do governador, na Assembleia Legislativa e sede do Executivo estadual.

Foram presos temporariamente Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos Reis. A primeira foi servidora na Assembleia Legislativa desde 1987, a convite de Robinson quando ele ainda era deputado estadual. Antes, Magaly trabalhava como secretária na empresa da família do governador. Servidor aposentado da AL, Adelson trabalha atualmente no gabinete de Robinson.

A defesa de Magaly da Silva informou que ela recebeu com surpresa as medidas de busca e apreensão e prisão temporária contra si e que ela prestou os esclarecimentos necessários à investigação e encontra-se à disposição da justiça.

Como o governador tem foro privilegiado, as investigações foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça. As ordens judiciais foram assinadas pelo ministro Raul Araújo Filho, a pedido do vice-procurador-geral da República José Bonifácio. O subprocurador-geral da República José Flaubert foi designado para acompanhar os trabalhos no Rio Grande do Norte.

O caso está sob sigilo, segundo a PF. Contudo, segundo apuração da TV Globo, Robinson teria tentado comprar o silêncio de um delator da Operação Dama de Espadas, que investigou a contratação de funcionários fantasmas na Assembleia.