Gustavo Rocha: “Gestão de Carlos Eduardo é prejudicada por escândalos de corrupção”

Gustavo Rocha, empresário do ramo agropecuário - Divulgação

Portal Agora RN – O escândalo de corrupção na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (SEMSUR), recentemente revelado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, irá atrapalhar o futuro de Carlos Eduardo Alves (PDT) na política. Esse é o entendimento do empresário do ramo agropecuário, Gustavo Rocha, que refutou que o atual prefeito da capital potiguar tenha boas chances de deixar o Executivo municipal para ser bem-sucedido em uma disputa ao pleito majoritário de governador em 2018.

“A gestão de Carlos Eduardo está muito prejudicada por vários escândalos de corrupção envolvendo pessoas próximas a ele. Ele se prejudica nesse sentido, acho que se trata de um nome velho. Além disso, ele é ligado ao PMDB, que é um partido muito psicologista. Acho que ele se misturou demais com o PMDB e perdeu, na minha opinião, a credibilidade”, avalia Gustavo Rocha.

O empresário acredita que, caso Carlos Eduardo resolva concorrer ao governo potiguar, precisará atender uma série de pontos que considera imprescindível para um chefe de estado. “Um governador precisa ser corajoso para retomar o estado; reduzir a quantidade de funcionários e encarar os problemas com a Segurança Pública. Além disso, é preciso ter coragem para tirar os privilégios de algumas classes, incluindo a dos deputados da Assembleia Legislativa, que são cheios de benefícios. Assim, o tamanho da máquina da publica diminui. Isso precisa acontecer porque já não aguentamos mais o custo dessa máquina”.

Ao seu ver, o nome potiguar que mais vem se destacando nestes quesitos é o do desembargador Cláudio Santos, cuja possível candidatura é ventilada nos bastidores da política. “Apesar dos nomes postos, eu gostaria que fosse alguém novo, como, por exemplo, o do desembargador Cláudio Santos. Se ele topar ser candidato, tem tudo para ser um reformador. Ele já provou que é corajoso e um nome que pode despontar”, aponta.

Gustavo entende que o atual governador Robinson Faria (PSD) terá chances escassas a uma possível reeleição. O empresário julga uma falta de atenção à segurança e a aproximação à Assembleia Legislativa como elementos que prejudicariam Robinson. A Casa dos Deputados, inclusive, foi bastante criticada por Rocha.

“Robinson teve oportunidade de fazer reformas e enfrentar o que era pra ser enfrentado. Ele não fez isso e agora está pagando o preço. O estado está se mostrando uma extensão da Assembleia Legislativa – que é a pior do Brasil –, com deputados despreocupados com a coisa pública e que só pensam em gastar o dinheiro público e empregar parentes, apadrinhados e prostitutas”, dispara.

O ano de 2018 também será responsável por eleger novos deputados estaduais, federais e senadores. Gustavo Rocha aproveitou para traçar aquele que ele acredita ser um perfil ideal para ocupar uma cadeira no Senado Federal.

“Para mim, um senador teria que ter um pensamento liberal e de direita. Ele teria de levantar pautas como: a volta do armamento à população; a reforma das leis para que a bandidagem seja combatida, e retirar todas essa políticas de esquerda que foram incrementadas no país nos últimos 20 anos, com foco em propor leis e reformas para redução de estado e combate à criminalidade”.

Em sua opinião um dos nomes ideias para ocupar o cargo de senador é o do relator da reforma trabalhista, deputado federal Rogério Marinho (PSDB). Já os nomes de Zenaide Maia (PR) e Ney Lopes (PSD), também discutidos nos bastidores, foram rechaçados pelo empresário.

“Um nome que se credenciou e cresceu bastante foi o de Rogério Marinho. O deputado provou com a reforma trabalhista que tem capacidade e que está mais elevado em relação aos demais. Pelo que me consta, não aparece nenhuma denúncia de corrupção contra ele. Agora, quanto a Zenaide, acho que ela é uma dos piores políticas – representa tudo o que eu não quero na política. Ela nem deve se reeleger. Ney Lopes, na minha opinião, está aposentado, e deveria se manter assim”, decreta.

Para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados, Gustavo Rocha analisou nomes que poderiam dar certo tanto entre os deputados federais, quanto entre os estaduais. O advogado e presidente municipal do partido Livres, Arthur Dutra, foi citado como “um bom nome”. “Inclusive, Arthur teve um projeto quando foi candidato a vereador para reduzir o gasto da Câmara Municipal de Natal pela metade. Então, ele poderia propor como deputado reduzir os gastos da Assembleia, que hoje está cheia de perdulários, incompetentes e despreocupados – é a Casa do Atraso”.

Além de Arthur Dutra, Gustavo Rocha elogiou os nomes de Eloísa Guerreiro, filha da vereadora Eleika Bezerra (PSL), e da própria Eleika. “São nomes novos que acho que poderiam dar boas deputadas federais. Todos eles têm histórico de trabalho na coisa pública. Todos têm perfil liberal e de direita, e com a biografia limpa”, lembra Rocha que, muito embora torça por mudanças na Assembleia Legislativa, admite que será muito difícil novas caras ocuparem o parlamento. “Infelizmente, para se eleger deputado, é preciso comprar os votos, e os que estão lá têm estrutura para comprar os votos e buscarem a reeleição”, completa.