José Dias defende reforma trabalhista: “não vai violar o direito do trabalhador”

Deputado estadual José Dias - Foto: João Gilberto

O deputado José Dias voltou a defender a reforma trabalhista, aprovada pela Câmara Federal no dia 27 de abril. Para ele, as mudanças são necessárias e não violarão o direito do trabalhador, como alguns defendem. O parlamentar, em pronunciamento na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (2), falou sobre a situação econômica do país, sobre os protestos do último dia 28 e disse esperar que a matéria seja aprovada no Senado Federal.

“As pessoas deveriam ler e entender que a reforma, proposta pelo Governo Federal, não irá, de forma alguma, violar os direitos dos trabalhadores. Ao contrário, qualquer um verá que ela é positiva e necessária para o desenvolvimento do País”, disse o deputado.

José Dias citou algumas mudanças com a reforma, como por exemplo a que acaba a obrigatoriedade do imposto sindical e reduz a força tutelar dos sindicatos. “No Brasil, existem 17 mil sindicatos. Em países da Europa, existem apenas 60 ou 80 entidades como essa. Nos Estados Unidos, por exemplo, só tem cerca de 100 sindicatos”, disse ele.

Relatando a situação econômica do país e a desigualdade social, o parlamentar disse que o Brasil “é a ilha do atraso”, apesar das riquezas naturais, situação geográfica e dimensões territoriais privilegiadas. “Não sabemos aproveitar esse potencial”, lamentou Dias. Ele chamou de “desumano” o fato de o trabalhador público se aposentar com teto de R$ 33 mil, enquanto o trabalhador na iniciativa privada tem um teto pouco mais de R$ 4 mil e defendeu também a Reforma Previdenciária.

José Dias lamentou o número de desempregados no país. “São 14 milhões de brasileiros desempregados e 20 milhões com subemprego sem relação formal com o empregador. Essa reforma não irá nos igualar aos países desenvolvidos, mas irá diminuir as injustiças”.

O deputado ainda relatou os protestos ocorridos no dia 28 de abril. “Para mim, foi uma esculhambação geral. O Brasil parou não porque os trabalhadores decidiram, voluntariamente, paralisar. O Brasil parou porque grupos organizados usando táticas de guerrilhas interditaram avenidas e impediram trabalhadores de chegarem ao trabalho”, disse.

José Dias finalizou seu discurso enaltecendo o presidente da República, Michel Temer (PMDB). “Não sou do partido do presidente, mas sou dos que reconhecem o desprendimento do presidente da defesa que ele faz ao que julga ser necessário para salvar o país”, concluiu.