Reservas hídricas no Rio Grande do Norte melhoram após as chuvas

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas (IGARN), monitora os 47 reservatórios com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, e que são responsáveis pelo abastecimento das cidades de todo o Estado. O relatório, divulgado nesta sexta-feira (03), indica que houve melhora nas reservas hídricas do Estado.

Em comparativo com o relatório divulgado no dia 6 de fevereiro, antes das chuvas, o número de reservatórios considerados em volume morto aumentou de 12 para 15, o que corresponde a 31,9% dos mananciais do Estado. Já entre os que estavam completamente secos, houve uma diminuição de 21 para 13, em termos percentuais, 27,6% dos açudes. Portanto, atualmente, o total de reservatórios secos ou em volume morto é de 59%, no início de fevereiro esse número chegava a 69%.

Após as últimas chuvas o volume dos principais mananciais obteve melhora, embora, no caso da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a recarga tenha sido baixa. Maior reservatório do Estado, com uma capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos, a Armando Ribeiro Gonçalves, estava com 328,486 milhões de metros cúbicos no relatório do dia 6 de fevereiro, atualmente está com 332,321 milhões de metros cúbicos, 13,85% do seu volume total. A Barragem Santa Cruz do Apodi, com capacidade total de 600 milhões de metros cúbicos, passou dos 111,623 milhões de metros cúbicos, para 137,288 milhões de metros cúbicos 22,89% do seu volume total. Já Barragem de Umarí, em Upanema, com capacidade total de 292,8 milhões de metros cúbicos, aumentou seu volume, de 26,009 milhões de metros cúbicos, para 32,218 milhões, chegando a 11% da sua capacidade, saindo do estado de volume morto.

No Seridó, a situação de alguns reservatórios continua preocupante. O açude Itans, em Caicó, teve recarga inexpressiva, permanecendo em 1,70% da sua capacidade total. O Marechal Dutra, conhecido como Gargalheiras, continua reduzindo o seu volume e atualmente está com 0,30% da capacidade.

Situação das lagoas

A lagoa de Extremoz obteve boa recarga em seu volume, passando de 4,158 milhões de metros cúbicos, para 5,513 milhões, atingindo 50% do seu volume máximo, reflexo das chuvas e do sistema de rodízio implantado na região norte de Natal. A lagoa do Bomfim que atende à adutora Monsenhor Expedito, está com 49,44% do seu volume. Responsável por parte do abastecimento da zona sul da capital, a lagoa do Jiqui está com 72% do seu volume.
O Igarn alerta, entretanto, que é necessário a população continuar economizando água, pois mesmo com as recargas, as reservas hídricas ainda continuam baixas. O racionamento ainda permanece e a economia de água é de grande importância para a manutenção do funcionamento dos sistemas de abastecimento as cidades do Estado.