Uma jovem, de 19 anos, morreu no último sábado (28) durante uma complicação cirúrgica no Hospital Dr. Beda, em Campos dos Goytacazes (RJ). De acordo com o hospital, Amanda Rodrigues teve uma embolia pulmonar durante uma cirurgia bariátrica.
Segundo a irmã da jovem, Amanda era vítima de bullying desde a infância e decidiu fazer a intervenção cirúrgica.
“Amanda começou a sofrer preconceito a partir dos 7 anos. As crianças da sala dela não aceitavam a minha irmã porque ela era gordinha. Amanda não podia sentar na mesma mesa das meninas na hora do lanche, não podia ser do mesmo grupo nas brincadeiras, na hora do parquinho e da educação física, e muito menos conviver junto na sala de aula. Amanda foi uma criança excluída pelas meninas. E os meninos? Ah, os meninos batiam nela, por diversas vezes, Amanda chegou em casa machucada, espancada, com as perninhas roxas”, escreveu Mayara Rodrigues, no Facebook.
Até o meio-dia desta quarta-feira (1), o desabafo de Mayara teve 105 mil reações e 32 mil compartilhamentos, informou o UOL.
“Vou ficar bonita, as pessoas vão gostar de mim. Esse sofrimento vai acabar, irmã. Vou vestir 38. Ela me falava tantas coisas”, conta a irmã de Amanda.
Por telefone, o cirurgião responsável, Gustavo Cunha, contou ao UOL sobre a cirurgia.
“Foram seguidos todos os protocolos de atendimento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica. A Amanda passou por todas as etapas do pré-operatório, com exames de laboratório e imagem, e avaliações de cardiologista, endocrinologista, nutricionista e psicólogo. Todos os profissionais a liberaram para a operação”, afirmou.
“Não havia indícios clínicos de trombose. Ela não tinha, por exemplo, veias de grossos calibres. Eu me solidarizo com a dor da família, mas prestei todo o atendimento necessário”, concluiu.
