Piloto de voo de Teori pode ter adotado pouso informal

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Um procedimento de pouso que não é padrão pode ter sido utilizado pelo piloto do voo que transportava Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Autoridades aeronáuticas informaram que Osmar Rodrigues adotou um método que, apesar de usual em dias de mau tempo na rota de Paraty, local de queda da aeronave no último dia 19, não é homologado. Cinco pessoas, incluindo o piloto e o ministro morreram no acidente.

Os depoimentos de testemunhas são indícios de que foi utilizado o método conhecido como Mandrake e que a aeronave estava “muito baixa”. As informações estão sendo investigadas, conforme informa a Folha de S. Paulo neste domingo (29). Analista de acidentes aeronáuticos, Carlos Camacho explicou ao jornal que o método tradicional poderia ter dado mais tempo de reação a Osmar Rodrigues.

“Se o piloto tivesse vindo direto para sua aproximação e pousado, poderia pensar melhor. Mas quando fez uma primeira aproximação e a perdeu, ele estava se enquadrando no procedimento Mandrake”. A ausência de um copiloto também pode ter prejudicado a descida.

O Mandrake é muito popular entre pilotos que voam em Paraty e é usado quando as condições de visibilidade não permitem o pouso apenas por visual. Com ele, faz-se a arremetida em 600 pés de altitude (200 metros) e a cerca de três quilômetros de distância da pista. O método padrão determina que os pousos sejam iniciados a cinco quilômetros e 1,5 mil pés.

A orientação também é de, quando não hajam condições, os pilotos sigam para outra pista. O aeroporto local não opera com instrumentos e chovia muito no momento da queda do King Air C90GT, da Hawker Beechcraft.