Jovem confessa participar de morte de empresária em Campina Grande

Informações: A3PB

Um homem de 26 anos preso na segunda-feira (9) confessou que estava conduzindo a moto que ajudou na fuga do suspeito de atirar na empresária Célia Márcia Santos Cirne, de 69 anos, em Campina Grande, segundo a delegada Ellen Maria. Ele foi apresentado na manhã desta terça-feira (10), quando a delegada informou que a reanálise das imagens que mostram o momento do crime mudou o rumo das investigações.

A empresária morreu no dia 24 de dezembro e, de acordo com a Polícia Militar, a vítima estava saindo de um estacionamento quando foi abordada pelos suspeitos. Imagens gravadas por uma câmera de segurança na Rua Getúlio Vargas, onde aconteceu o assalto, mostram o momento em que a empresária é abordada e baleada.

O homem preso na segunda-feira é suspeito de ser o piloto da moto utilizada para dar fuga ao atirador. Segundo a polícia, outros suspeitos foram identificados e as investigações seguem. “Ele [homem preso] confessa a participação no crime, contando detalhes de horários. Ele afirmou que outra pessoa deu o disparo”, diz o delegado Cristiano Santana. O depoimento deste suspeito, ainda segundo o delegado, bate com as imagens do vídeo usado nas investigações.

O primeiro suspeito preso foi liberado na segunda-feira (9) por ordem judicial e, segundo a própria delegada, ainda não há condições de cravar que ele esteja envolvido no caso. “É muito cedo pra dizer que houve um engano das testemunhas. Não podemos desqualificar as testemunhas”, explica a delegada. Elas vão ser chamadas para novo depoimento.

Testemunhas reconheceram
Um homem de 24 anos foi preso no dia 28 suspeito da morte e, segundo a polícia, ele já tinha sido reconhecido por duas vítimas que testemunharam o crime. Segundo a polícia, ele conhecia a rotina da vítima, chegou ao local a pé e recebeu cobertura na fuga de um outro homem, em uma moto, que teria sido preso na segunda. Apesar da liberação, a delegada deixou claro que o jovem segue sendo suspeito do crime.

O advogado Francisco Neto, que representa o jovem preso inicialmente, disse que pretende entrar com uma ação de pedido de indenização contra o Governo do Estado pelo ocorrido, tendo em vista o constrangimento e prejuízos sofridos pelo jovem. Ele alegou que alguns detalhes relatados pelo jovem e pela família seriam suficientes para elucidar questões técnicas do inquérito de investigação.

“Nas imagens das câmeras de segurança que mostram o crime é possível ver que o autor dos disparos é destro, mas ele [o cliente] é canhoto. A polícia informou que ele havia pintado o cabelo para disfarçar, mas esposa dele tem imagens que mostram que antes mesmo do dia do crime, ele já tinha pintado o cabelo”, explicou o delegado.

O advogado disse também que o jovem está abalado depois do ocorrido, pois nunca havia sido preso, apesar de responder um processo judicial. “Ele foi preso e apresentado pela polícia como autor do crime à imprensa. Do dia 28 de dezembro ao dia 2 de janeiro ele ficou na carceragem da Central de Polícia, quando foi levado para audiência de custódia. O juiz da audiência manteve a prisão preventiva e ele foi encaminhado para a penitenciária Padrão, onde teve os cabelos raspados. Foi uma série de constrangimentos”, frisou Francisco Neto.